SIMONE BORGES ARQUITETURA Mostra Mulher Moda e Mobilário
domingo, 28 de outubro de 2007
MOSTRA - A Possibilidade de Encontro - Maio de 2006
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
MOSTRA
Assim, figuras como Sarah Bernhardt, Isadora Duncan, Coco Chanel, Greta Garbo, Sarah Kubtschek, Maria Callas e musicista goiana - Belkiss Spencieri (homenagem especial) nos proporcionam lições de glamour, concepções estéticas, imaginação e espírito de ousadia que marcaram definitivamente o século XX; tornando-se concepções duradouras e referências século XXI. Os ambientes foram pensados e montados partindo dessas concepções e referências.
AMBIENTES DA MOSTRA
SARAH BERNHARDT
ISADORA DUNCAN
COCO CHANEL
GRETA GARGO
OBJETIVOS E REFERÊNCIAS
Arquitetura, arte, moda e design participam do mesmo solo cultural que produziu movimentos estéticos ao longo do tempo. Para mostrar um pouco da singularidade desses acontecimentos e ao mesmo tempo as possibilidades de encontro estético entre eles, a Elementos Móveis e Objetos preparou uma exposição que identifica a inspiração e as tendências da arte, do design e da moda na primeira metade do século XX.
Com uma montagem feita década por década, a mostra homenageia mulheres que são referências de elegância e sofisticação, em ambientes que remetem ao estilo de mobiliário e decoração predominantes em cada época, a partir de uma leitura contemporânea.
Assim, figuras como Sarah Bernhardt, Isadora Duncan, Coco Chanel, Greta Garbo, Sarah Kubtschek, Maria Callas e musicista goiana - Belkiss Spencieri (homenagem especial) nos proporcionam lições de glamour, concepções estéticas, imaginação e espírito de ousadia que marcaram definitivamente o século XX; tornando-se concepções duradouras e referências século XXI.
PECULIARIDADES DA MOSTRA
· Quarto e espelho tríptico Art Nouveau – vindos de Barcelona.
· Móveis Art Déco autênticos – 1930.
· Chapéus importados da Europa – 1900 a 1955.
· Par de colunas estilo Renascença – vindos da Espanha
· Vestidos, Casacos e Tailler – 1900 a 1955
· Taillers de Sara Kubitschek – vindos da produção da minissérie JK.
· Casaco branco de raposa – década de 1950.
· Estola de raposa – 1930.
· Escultura Art Déco assinada – vinda da Alemanha.
· Fotos de nus de fotografo alemão da década de 30 – coleção rara.
· Colares de pérola – 1910 a 1930.
· Mesa de jantar Brasileira – Espólio de Pietro Maria Bardi.
· Mesa de jantar pé palito de caviúna com oito cadeiras – 1950
· Bar de Joaquim Tenreiro.
CURADORIA
Simone Borges
Arquiteta e urbanista com especialização em filosofia e estética, pela UCG, 1990. Realiza projetos e pesquisas ligados a interdisciplinaridade da arquitetura, urbanismo, estética, história e design. Completou quinze anos de exercício profissional, em seu escritório Simone Borges ARQUITETURA. É professora convidada do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UCG.
Com formação em Licenciatura em Artes Plásticas pela FAAP, 1998. Possui atuação em vários campos de trabalho relacionados às artes, design, pesquisa iconográfica, através de seu escritório de Design Gráfico. É professora no curso de Design de Moda da Universidade Salgado de Oliveira.
REFERÊNCIAS – MULHER – MODA - MOBILIÁRIO
1900 – 1910 - SARAH BERNHARDT
“Nasceu em Paris, França, a 22 ou 23 de Outubro de 1844; morreu em Paris, a 26 de Março de 1923. Em 1866, foi contratada pelo Teatro Ódeon, e com a competente companhia residente do teatro e muito trabalho começou a sua ascensão de atriz. A sua autuação encantou as audiências, devido sobretudo, ao lirismo da sua voz. Foi à razão da célebre frase de Victor Hugo, que afirmou que a atriz tinha uma «voz de oiro», caracterização que perdurou apesar dos críticos já descreverem a voz de Sarah Bernhardt como sendo prateada, devido à sua parecença com o tom de uma flauta.”
http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html
Referência da Moda - Paul Poiret
Referência de Mobiliário - Art Nouveau
1910 – 1920 - ISADORA DUNCAN
“Isadora Duncan (1877-1927) é um nome celebrado internacionalmente. Mas poucos sabem que ela foi uma “dançarina” revolucionária.
Ângela Isadora Duncan teve uma trajetória extremamente particular, tanto no campo profissional como no pessoal, apesar dos infortúnios, sua trajetória pessoal foi marcada por muitos êxitos. Sua dança modificou as concepções estéticas vigentes na época, dividindo opiniões. Para ela, sua arte era a expressão da vida, seus movimentos derivavam dos desejos de sua imaginação e de seu espírito, baseados em formas da natureza. “
http://www.conexaodanca.art.br/imagens/textos/artigos/Biografia%20de%20Isadora%20Duncan.htm
Referencia Moda - Jeanne Lanvin
Referencia de Mobiliário - Renascença Brasileiro
1920 – 1930 - COCO CHANEL
A vida social de transição do século 19 para o 20. Aliás, Chanel foi o maior exemplo dessa transição. Foi uma mulher de fases, mas sobretudo, uma visionária que antecipou idéias e estilos de comportamento do século 20.
Sua visão de moda ultrapassava as barreiras vigentes na época. Sempre teve preocupações de fazer ligações entre a publicidade (coisa nova na época) e o que propiciasse conforto.
Lançou seu famoso vestidinho preto, que se tornou peça básica e foi descrito pela "Vogue" americana, em 1926, como o Ford (carro famoso na época) da moda, notando o sucesso em que ele se transformaria durante décadas. Chanel confirmou seu êxito na Exposition des Arts Décoratifs, em Paris, no mesmo período.
http://almanaque.folha.uol.com.br/chanel_historia.htm
Referencia de Mobiliário – Bauhaus e Buddemeyer
1930- 1940 - GRETA GARGO -
(1905, Estocolmo -1990, Nova York )
”Greta Garbo, cujo nome verdadeiro era Greta Lovisa Gustafsson, era conhecida pelo epíteto de "A Divina" devido à beleza clássica de seu rosto e ao magnetismo que irradiava. Greta Garbo habituara-se a triunfar desde o seu primeiro filme, A Saga de Gösta Berling, rodado na Suécia e baseado numa novela de Selma Lagerlöf. Mauritz Stiller, diretor desse filme, foi quem a batizou então com seu nome artístico e a introduziu em Hollywood, onde, em 1926, assinou um contrato com a Metro-Goldwyn Mayer (Samuel Goldwyn). De sua filmografia destacam-se A Mulher Divina, 1928; Mata Hari, 1931; A Dama das Camélias, 1937; e Ninotchka, 1939. Em 1954, foi premiada com um Oscar pelo conjunto de sua carreira.”
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia.php?c=392
Referencia de Moda – Elsa Schiaparelli
Estilo de Mobiliário – Art Déco
1940 – 1950 - SARAH KUBITSCHEK
“Sarah Kubitschek foi casada com Juscelino Kubitschek durante 46 anos. Nascida em Belo Horizonte, filha do deputado Jayme Gomes de Souza Lemos e de dona Luizinha Negrão Lemos, casou-se em 31 de dezembro de 1930. A partir daí sua vida se confunde com a carreira política de seu ilustre marido, que ocupou vários cargos na administração pública: Chefe do gabinete civil do governo de Minas Gerais; deputado federal; prefeito de Belo Horizonte; novamente deputado federal; governador de Minas Gerais; Presidente da República e finalmente senador pelo Estado de Goiás. A brilhante carreira de JK levou-a a uma vida também de lutas e restrições. Dona Sarah é fundadora da Organização das Pioneiras Sociais, que realizou notável obra de assistencialismo em Minas, incluindo fundação de escolas, creches e distribuição de roupas, alimentos, cadeiras de rodas e aparelhos mecânicos para deficientes físicos.
http://www.memorialjk.com.br/sar/indexsarah.htm
Referencia de Moda – Cristóbal Balenciaga Esagari
Referencia estética – Modernismo Brasileiro
1950 –1960 - MARIA CALLASMaria Kalogheropulos,
conhecida por Maria Callas, (Nova York, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) extraordinário soprano, filha de um casal grego emigrado, que, embora vivendo com modéstia, não tinha grandes dificuldades econômicas, teve o seu berço em Nova Iorque, em 1923.
Possuía uma voz potente e moldável. As suas interpretações sempre arrastaram e encantaram as multidões. Impôs uma personalidade vocal e teatral que influenciou a sua geração. Abandonou o palco em 1965. Dos muitos papéis que interpretou no gênero lírico e dramático e de inúmeros compositores, destacam-se: "Norma", de Bellini; do mesmo autor "Os puritanos da Escócia", no papel de Elvira; representou o personagem de Violetta em "La Traviata", de Verdi; "Medeia", de Cherubini; "Tosca", de Puccini; "Lucia de Lammermore", de Donizetti.
Isolada, no seu apartamento de Paris, Maria Callas morreu em 1977, deixando perpetuado o eco de uma voz única, que soube transmitir, como nenhuma outra, toda a gama de emoções de que o ser humano é capaz. http://www.lerparaver.com/cultura/fig_callas.html
Referencia de Moda – Christian Dior
Referência de Mobiliário – “Móveis Pé Palito anos 50”
HOMENAGEM ESPECIAL - musicista goiana - Belkiss Spencieri
Pesquisa - SARAH BERNHARDT
Fonte:http://www.arqnet.pt/portal/imagemsemanal/agosto0203.html
Fotografia de Nadar (1820-1910). A atriz estreou-se nos palcos franceses em 22 de Agosto de 1862.
"Nasceu em Paris, França, a 22 ou 23 de Outubro de 1844; morreu em Paris, a 26 de Março de 1923.
Em 1866, foi contratada pelo Teatro Ódeon, e com a competente companhia residente do teatro e muito trabalho começou a sua ascensão. O seu primeiro sucesso foi no papel de Anna Damby na peça Kean de Alexandre Dumas pai, mas a sua interpretação de Cordélia no Rei Lear, de Shakespeare, já tinha sido notada. Já conhecida como a atriz favorita dos estudantes parisienses, a sua interpretação, em 1869, do trovador Zanetto na peça em um ato e em verso de François Coppée Le Passant, o seu primeiro papel em travesti, teve um imenso sucesso, que a levou a uma representação privada para Napoleão III.
Durante a guerra franco-prussiana de 1870-1871 organizou um pequeno hospital militar nas instalações do teatro. Com o fim da guerra, a deposição de Napoleão III, e a proclamação da República, a actriz, mal vista pelos republicanos, devido às suas conhecidas relações e defesa de personagens do anterior regime, conseguiu o principal papel feminino, o da Rainha Maria, na peça de Victor Hugo Ruy Blas, que tinha acabado de chegar do exílio. A sua autuação encantou as audiências, devido, sobretudo ao lirismo da sua voz. Foi à razão da célebre frase de Victor Hugo, que afirmou que a actriz tinha uma «voz de oiro», caracterização que perdurou apesar dos críticos já descreverem a voz de Sarah Bernhardt como sendo prateada, devido à sua parecença com o tom de uma flauta.
Tendo começado a esculpir e a pintar, exibiu as suas obras de escultura de 1876 a 1881 no Salon de Paris, tendo-lhe sido atribuída uma menção honrosa no primeiro ano. Em 1880 exibiu também uma pintura.
Na década de 80 aparece na sua vida o dramaturgo Victorien Sardou, que escreve para a actriz Fédora (1882), Théodora (1884), La Tosca (1887) e Cléopâtre (1890), dirigindo-a nas suas próprias peças e levando-a a atuar de uma maneira extrovertida, em cenários exóticos e com guarda-roupas riquíssimos, no Teatro de La Porte Saint-Martin, de que a actriz se tinha tornado proprietária."
Fonte:http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html
www.usc.edu/.../comm544/ library/images/470.html
http://www.usc.edu/schools/annenberg/asc/projects/comm544/library/images/470.html
http://www.sarah-bernhardt.com/
http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html
http://www.getty.edu/art/gettyguide/artObjectDetails?artobj=45995
Pesquisa - MODA PAUL POIRET
Fonte: http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/poiret.htm
"Entre os grandes estilistas do século 20, o parisiense Paul Poiret ocupa, inegavelmente, um lugar muito especial. Filho de um comerciante de tecidos foi, no entanto no ateliê de um fabricante de guarda-chuvas que ele deu os primeiros passos no terreno da moda. Desenhando esboços de roupas femininas nas horas vagas, Poiret acabou por vender alguns deles a Madeleine Cheruit, quando ela ainda estava na Maison Raudnitz Soeurs.
Em 1896, afinal, ele começou a trabalhar diretamente com alta costura, no salão de Jacques Doucet, um dos costureiros mais famosos do final do século 19, respeitado pela qualidade dos tecidos que utilizava em suas criações, e pelo seu esmerado acabamento. Quatro anos mais tarde, passou para o ateliê de Charles Worth, então considerado o maior nome da moda de Paris. Em 1904, finalmente, Paul Poiret abria sua própria maison, tendo como seu padrinho o amigo Doucet, que enviou a ele uma cliente famosa, a atriz Réjane, para um começo auspicioso.
A partir daí, Poiret começou sua escalada ao topo da vida parisiense, como estilista e como um de seus principais personagens. Como estilista, ele logo percebeu que as mulheres estavam cansadas de viver apertadas por cruéis espartilhos, que lhes davam, a custa de verdadeiros sofrimentos físicos, uma forma ideal, mas irreal, e passou a propor uma moda de roupas mais soltas, que envolviam o corpo em vez de asfixiá-lo.
Como personagem, Poiret tinha uma visão lúcida da sociedade em que vivia: a cidade de Paris jamais conhecera tanta animação, a vida social era pautada por celebrações monumentais, que moviam a nobreza e os artistas da época para festas que disputavam entre si o prêmio de maior riqueza e exuberância. Como estilista, ele coloria a moda, até então de tons soturnos e tristes, com uma verdadeira orgia de verdes, vermelhos e azuis - “Joguei alguns lobos entre os cordeiros”, ele costumava dizer, ao comentar sua inovação. Como personagem, Poiret criava sua própria agenda de festas, onde o maior brilho ficava por conta das roupas que as convidadas usavam.
Na verdade, na época, quem não vestisse um autêntico Poiret parecia irremediavelmente fora de moda - e então seu ateliê era o endereço certo para encontrar todas as mulheres mais elegantes da Europa, sem contar as ricas norte-americanas que iam passar o verão em Deauville, no norte da França, ou na Côte d’Azur, ao sul. A bailarina Isadora Duncan era uma das presenças mais constantes, em busca de trajes que comportassem toda a liberdade da dança com que surpreendia o mundo. Se as roupas que Poiret criava eram de estilo simples, solto, sem ornamentos em excesso, exatamente o posto do que se usara até então, suas festas eram um exagero de luxo.
A mais famosa delas aconteceu no dia 24 de junho de 1911, nos jardins de sua casa - quase um palácio - no Faubourg Saint Honoré. Amigo dos principais artistas e intelectuais da época, Poiret enviou a 300 felizardos um convite desenhado pelo artista plástico Raoul Dufy, que trabalhava com ele no desenvolvimento de técnicas de tingimento e estamparia em cores, que tinha o texto de ninguém menos do que o poeta, dramaturgo e ilustrador Jean Cocteau. Lia-se no convite: “Nesta noite não haverá nuvens no céu, e nada do que existe existirá. Haverá brilhos e perfumes e flautas e címbalos e tambores”. Para terminar, a afirmação nada modesta: “Será a mil e duas noites...” Se as promessas eram muitas, a realidade não desapontou ninguém.
Segundo o relato do próprio Poiret, os convidados chegavam a um salão onde um negro, envolto em sedas, com um archote e um punhal nas mãos, os agrupava e os conduzia até o anfitrião, através de um pátio de saibros, coberto por tecidos azuis e dourados, com fontes de porcelana. Subindo alguns degraus, chegava-se a uma enorme jaula também dourada, onde estava a mulher de Poiret, rodeada por outras mulheres que cantavam músicas persas, todas em um cenário com espelhos, aquários, chifons e plumas. Tapetes preciosos cobriam as escadarias, abafando o ruído dos passos. Nos jardins, as árvores ostentavam ‘frutos’ brilhantes, e araras, macacos e papagaios vivos davam o toque final. Ao fundo, como um sultão, estava Poiret, com um chicote de prata nas mãos.
Depois que todos os convidados haviam chegado, ele se dirigiu à jaula onde estava sua mulher, ‘libertou-a’, e todos se dirigiram ao bar, onde cem jarros de cristal continham as bebidas da noite, que se completou com uma arrebatadora chuva de fogos de artifício sobre a casa de Poiret. Sua glória, a partir daí, rompeu as barreiras da França.
De todo o mundo chegavam encomendas de toaletes para festas que procuravam seguir o ‘padrão Poiret’. Um padrão, na verdade, insuperável, que no verão de 1912 criou mais uma festa inesquecível, desta vez em homenagem a Isadora Duncan.
Realizada em um ponto de encontro para caçadas do rei Luis XV, o pavilhão de Butard, que Poiret acabara de comprar, junto com a floresta de Saint Germain, a noitada recebia convidados caracterizados de acordo com a corte que reinara no local. Todos eram recepcionados por mulheres transformadas em ninfas veladas de branco, portadoras de archotes, que eram levados até Poiret, vestido de ouro e marfim, como uma estátua de Júpiter. Vinte maîtres entregavam aos presentes coroas e guirlandas de flores, iguais às que enfeitavam as mesas, onde havia cascatas de melancias, romãs e abacaxis. Em meio às árvores, iluminadas por refletores escondidos, uma orquestra de 40 músicos tocava música clássica da melhor qualidade.
A influência de Poiret era total. Ao mesmo tempo em que lançava turbantes e calças de odalisca, inspiradas na moda do oriente que ganhava adeptos a partir dos espetáculos de dança do russo Sergei Diaghilev, criava objetos para decoração, desenhados por jovens que Poiret recrutava nas fábricas dos bairros de Paris e às quais ensinava a arte do esboço e da estamparia - assim nasceu a famosa École Martine. Pela mesma época, ele lançou uma série de perfumes com nomes como Ah, Noite da China, Fruto Proibido, Flor Estranha, para os quais René Lalique desenhava os frascos, e também encomendou a ilustradores que se tornariam famosos, como Paul Iribe e Georges Lepape, álbuns com suas criações
Em 1912, depois de ter criado a saia entravada, mais justa no tornozelo, e a saia abajur, cuja bainha era feita com arame, para formar um círculo em torno do corpo, Poiret excursionou pela Europa e, no ano seguinte, pelos Estados Unidos, com um grupo de modelos, o que não era hábito entre os estilistas. Em 1914, pouco antes do começo da 1ª Guerra Mundial, ajudou a fundar o Sindicato de Defesa da Alta Costura Francesa e, com a guerra, fechou seu salão para alistar-se no exército francês, só voltando às suas atividades com o fim do conflito.
Mas, então, a simplicidade das linhas de suas roupas havia sido abandonada pela maioria das casas de alta costura, que agora tinham no comando jovens mulheres como Jeanne Lanvin e Madame Vionnet. Suas festas continuaram - só que agora eram pagas - e ele ainda era o personagem mais célebre de Paris. Assim Poiret entrou pela década de 20, presente a todos os acontecimentos sociais importantes da cidade - em um baile, chegou vestido de Nabucodonosor, em um carro puxado por cem jovens nuas.
O mundo, porém, mudara, as mulheres descobriam outras atividades, além de participar de festas: elas praticavam esportes, trabalhavam. As roupas criadas por Poiret não tinham mais lugar numa época em que a pressa passava a ser uma constante. Assim, aos 50 anos, ele encerrou seu reinado, cedendo espaço ao novo estilo implantado por Coco Chanel e sua ‘moda pobre’, na definição de Poiret. Mas dele ficaram, para sempre, as provas de um talento único, que soube unir moda e arte, captando como ninguém a essência dos sonhos de sua época."
Fonte:http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/poiret.htm
http://www.metmuseum.org/special/poiret/king_of_fashion_images.asp