sexta-feira, 7 de setembro de 2007

MOSTRA

Arquitetura, arte, moda e design participam do mesmo solo cultural que produziu movimentos estéticos ao longo do tempo. Para mostrar um pouco da singularidade desses acontecimentos e ao mesmo tempo as possibilidades de encontro estético entre eles, a Elementos Móveis e Objetos, com a curadoria de Simone Borges e Sheila Brito preparam uma exposição que identificou a inspiração e as tendências da arte, do design e da moda na primeira metade do século XX.

Assim, figuras como Sarah Bernhardt, Isadora Duncan, Coco Chanel, Greta Garbo, Sarah Kubtschek, Maria Callas e musicista goiana - Belkiss Spencieri (homenagem especial) nos proporcionam lições de glamour, concepções estéticas, imaginação e espírito de ousadia que marcaram definitivamente o século XX; tornando-se concepções duradouras e referências século XXI. Os ambientes foram pensados e montados partindo dessas concepções e referências.

AMBIENTES DA MOSTRA

SARAH BERNHARDT






ISADORA DUNCAN



COCO CHANEL


GRETA GARGO






MARIA CALLAS e DIOR


SARAH KUBITSCHEK

OBJETIVOS E REFERÊNCIAS

MOSTRA

Arquitetura, arte, moda e design participam do mesmo solo cultural que produziu movimentos estéticos ao longo do tempo. Para mostrar um pouco da singularidade desses acontecimentos e ao mesmo tempo as possibilidades de encontro estético entre eles, a Elementos Móveis e Objetos preparou uma exposição que identifica a inspiração e as tendências da arte, do design e da moda na primeira metade do século XX.

Com uma montagem feita década por década, a mostra homenageia mulheres que são referências de elegância e sofisticação, em ambientes que remetem ao estilo de mobiliário e decoração predominantes em cada época, a partir de uma leitura contemporânea.

Assim, figuras como Sarah Bernhardt, Isadora Duncan, Coco Chanel, Greta Garbo, Sarah Kubtschek, Maria Callas e musicista goiana - Belkiss Spencieri (homenagem especial) nos proporcionam lições de glamour, concepções estéticas, imaginação e espírito de ousadia que marcaram definitivamente o século XX; tornando-se concepções duradouras e referências século XXI.

PECULIARIDADES DA MOSTRA

· Quarto e espelho tríptico Art Nouveau – vindos de Barcelona.
· Móveis Art Déco autênticos – 1930.
· Chapéus importados da Europa – 1900 a 1955.
· Par de colunas estilo Renascença – vindos da Espanha
· Vestidos, Casacos e Tailler – 1900 a 1955
· Taillers de Sara Kubitschek – vindos da produção da minissérie JK.
· Casaco branco de raposa – década de 1950.
· Estola de raposa – 1930.
· Escultura Art Déco assinada – vinda da Alemanha.
· Fotos de nus de fotografo alemão da década de 30 – coleção rara.
· Colares de pérola – 1910 a 1930.
· Mesa de jantar Brasileira – Espólio de Pietro Maria Bardi.
· Mesa de jantar pé palito de caviúna com oito cadeiras – 1950
· Bar de Joaquim Tenreiro.

CURADORIA

Simone Borges
Arquiteta e urbanista com especialização em filosofia e estética, pela UCG, 1990. Realiza projetos e pesquisas ligados a interdisciplinaridade da arquitetura, urbanismo, estética, história e design. Completou quinze anos de exercício profissional, em seu escritório Simone Borges ARQUITETURA. É professora convidada do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UCG.


Sheila Brito
Com formação em Licenciatura em Artes Plásticas pela FAAP, 1998. Possui atuação em vários campos de trabalho relacionados às artes, design, pesquisa iconográfica, através de seu escritório de Design Gráfico. É professora no curso de Design de Moda da Universidade Salgado de Oliveira.


REFERÊNCIAS – MULHER – MODA - MOBILIÁRIO

1900 – 1910 - SARAH BERNHARDT

“Nasceu em Paris, França, a 22 ou 23 de Outubro de 1844; morreu em Paris, a 26 de Março de 1923. Em 1866, foi contratada pelo Teatro Ódeon, e com a competente companhia residente do teatro e muito trabalho começou a sua ascensão de atriz. A sua autuação encantou as audiências, devido sobretudo, ao lirismo da sua voz. Foi à razão da célebre frase de Victor Hugo, que afirmou que a atriz tinha uma «voz de oiro», caracterização que perdurou apesar dos críticos já descreverem a voz de Sarah Bernhardt como sendo prateada, devido à sua parecença com o tom de uma flauta.”
http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html

Referência da Moda - Paul Poiret
Referência de Mobiliário - Art Nouveau


1910 – 1920 - ISADORA DUNCAN

“Isadora Duncan (1877-1927) é um nome celebrado internacionalmente. Mas poucos sabem que ela foi uma “dançarina” revolucionária.
Ângela Isadora Duncan teve uma trajetória extremamente particular, tanto no campo profissional como no pessoal, apesar dos infortúnios, sua trajetória pessoal foi marcada por muitos êxitos. Sua dança modificou as concepções estéticas vigentes na época, dividindo opiniões. Para ela, sua arte era a expressão da vida, seus movimentos derivavam dos desejos de sua imaginação e de seu espírito, baseados em formas da natureza. “
http://www.conexaodanca.art.br/imagens/textos/artigos/Biografia%20de%20Isadora%20Duncan.htm

Referencia Moda - Jeanne Lanvin
Referencia de Mobiliário - Renascença Brasileiro


1920 – 1930 - COCO CHANEL

A vida social de transição do século 19 para o 20. Aliás, Chanel foi o maior exemplo dessa transição. Foi uma mulher de fases, mas sobretudo, uma visionária que antecipou idéias e estilos de comportamento do século 20.


Sua visão de moda ultrapassava as barreiras vigentes na época. Sempre teve preocupações de fazer ligações entre a publicidade (coisa nova na época) e o que propiciasse conforto.
Lançou seu famoso vestidinho preto, que se tornou peça básica e foi descrito pela "Vogue" americana, em 1926, como o Ford (carro famoso na época) da moda, notando o sucesso em que ele se transformaria durante décadas. Chanel confirmou seu êxito na Exposition des Arts Décoratifs, em Paris, no mesmo período.

http://almanaque.folha.uol.com.br/chanel_historia.htm

Referencia de Mobiliário – Bauhaus e Buddemeyer


1930- 1940 - GRETA GARGO -
(1905, Estocolmo -1990, Nova York )

”Greta Garbo, cujo nome verdadeiro era Greta Lovisa Gustafsson, era conhecida pelo epíteto de "A Divina" devido à beleza clássica de seu rosto e ao magnetismo que irradiava. Greta Garbo habituara-se a triunfar desde o seu primeiro filme, A Saga de Gösta Berling, rodado na Suécia e baseado numa novela de Selma Lagerlöf. Mauritz Stiller, diretor desse filme, foi quem a batizou então com seu nome artístico e a introduziu em Hollywood, onde, em 1926, assinou um contrato com a Metro-Goldwyn Mayer (Samuel Goldwyn). De sua filmografia destacam-se A Mulher Divina, 1928; Mata Hari, 1931; A Dama das Camélias, 1937; e Ninotchka, 1939. Em 1954, foi premiada com um Oscar pelo conjunto de sua carreira.”
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia.php?c=392

Referencia de Moda – Elsa Schiaparelli
Estilo de Mobiliário – Art Déco


1940 – 1950 - SARAH KUBITSCHEK

“Sarah Kubitschek foi casada com Juscelino Kubitschek durante 46 anos. Nascida em Belo Horizonte, filha do deputado Jayme Gomes de Souza Lemos e de dona Luizinha Negrão Lemos, casou-se em 31 de dezembro de 1930. A partir daí sua vida se confunde com a carreira política de seu ilustre marido, que ocupou vários cargos na administração pública: Chefe do gabinete civil do governo de Minas Gerais; deputado federal; prefeito de Belo Horizonte; novamente deputado federal; governador de Minas Gerais; Presidente da República e finalmente senador pelo Estado de Goiás. A brilhante carreira de JK levou-a a uma vida também de lutas e restrições. Dona Sarah é fundadora da Organização das Pioneiras Sociais, que realizou notável obra de assistencialismo em Minas, incluindo fundação de escolas, creches e distribuição de roupas, alimentos, cadeiras de rodas e aparelhos mecânicos para deficientes físicos.
http://www.memorialjk.com.br/sar/indexsarah.htm

Referencia de Moda – Cristóbal Balenciaga Esagari
Referencia estética – Modernismo Brasileiro


1950 –1960 - MARIA CALLASMaria Kalogheropulos,

conhecida por Maria Callas, (Nova York, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) extraordinário soprano, filha de um casal grego emigrado, que, embora vivendo com modéstia, não tinha grandes dificuldades econômicas, teve o seu berço em Nova Iorque, em 1923.
Possuía uma voz potente e moldável. As suas interpretações sempre arrastaram e encantaram as multidões. Impôs uma personalidade vocal e teatral que influenciou a sua geração. Abandonou o palco em 1965. Dos muitos papéis que interpretou no gênero lírico e dramático e de inúmeros compositores, destacam-se: "Norma", de Bellini; do mesmo autor "Os puritanos da Escócia", no papel de Elvira; representou o personagem de Violetta em "La Traviata", de Verdi; "Medeia", de Cherubini; "Tosca", de Puccini; "Lucia de Lammermore", de Donizetti.
Isolada, no seu apartamento de Paris, Maria Callas morreu em 1977, deixando perpetuado o eco de uma voz única, que soube transmitir, como nenhuma outra, toda a gama de emoções de que o ser humano é capaz.
http://www.lerparaver.com/cultura/fig_callas.html

Referencia de Moda – Christian Dior
Referência de Mobiliário – “Móveis Pé Palito anos 50”



HOMENAGEM ESPECIAL - musicista goiana - Belkiss Spencieri

CONVITE



Mídia - Jornal O Sucesso

Pesquisa - SARAH BERNHARDT


1900 – 1910

Fonte:http://www.arqnet.pt/portal/imagemsemanal/agosto0203.html


Fotografia de Nadar (1820-1910). A atriz estreou-se nos palcos franceses em 22 de Agosto de 1862.



"Nasceu em Paris, França, a 22 ou 23 de Outubro de 1844; morreu em Paris, a 26 de Março de 1923.

Em 1866, foi contratada pelo Teatro Ódeon, e com a competente companhia residente do teatro e muito trabalho começou a sua ascensão. O seu primeiro sucesso foi no papel de Anna Damby na peça Kean de Alexandre Dumas pai, mas a sua interpretação de Cordélia no Rei Lear, de Shakespeare, já tinha sido notada. Já conhecida como a atriz favorita dos estudantes parisienses, a sua interpretação, em 1869, do trovador Zanetto na peça em um ato e em verso de François Coppée Le Passant, o seu primeiro papel em travesti, teve um imenso sucesso, que a levou a uma representação privada para Napoleão III.

Durante a guerra franco-prussiana de 1870-1871 organizou um pequeno hospital militar nas instalações do teatro. Com o fim da guerra, a deposição de Napoleão III, e a proclamação da República, a actriz, mal vista pelos republicanos, devido às suas conhecidas relações e defesa de personagens do anterior regime, conseguiu o principal papel feminino, o da Rainha Maria, na peça de Victor Hugo Ruy Blas, que tinha acabado de chegar do exílio. A sua autuação encantou as audiências, devido, sobretudo ao lirismo da sua voz. Foi à razão da célebre frase de Victor Hugo, que afirmou que a actriz tinha uma «voz de oiro», caracterização que perdurou apesar dos críticos já descreverem a voz de Sarah Bernhardt como sendo prateada, devido à sua parecença com o tom de uma flauta.

Tendo começado a esculpir e a pintar, exibiu as suas obras de escultura de 1876 a 1881 no Salon de Paris, tendo-lhe sido atribuída uma menção honrosa no primeiro ano. Em 1880 exibiu também uma pintura.

Na década de 80 aparece na sua vida o dramaturgo Victorien Sardou, que escreve para a actriz Fédora (1882), Théodora (1884), La Tosca (1887) e Cléopâtre (1890), dirigindo-a nas suas próprias peças e levando-a a atuar de uma maneira extrovertida, em cenários exóticos e com guarda-roupas riquíssimos, no Teatro de La Porte Saint-Martin, de que a actriz se tinha tornado proprietária."
Fonte:http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html

www.usc.edu/.../comm544/ library/images/470.html
http://www.usc.edu/schools/annenberg/asc/projects/comm544/library/images/470.html

http://www.sarah-bernhardt.com/
http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html
http://www.getty.edu/art/gettyguide/artObjectDetails?artobj=45995

Pesquisa - MODA PAUL POIRET

1900 – 1910




Fonte: http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/poiret.htm

"Entre os grandes estilistas do século 20, o parisiense Paul Poiret ocupa, inegavelmente, um lugar muito especial. Filho de um comerciante de tecidos foi, no entanto no ateliê de um fabricante de guarda-chuvas que ele deu os primeiros passos no terreno da moda. Desenhando esboços de roupas femininas nas horas vagas, Poiret acabou por vender alguns deles a Madeleine Cheruit, quando ela ainda estava na Maison Raudnitz Soeurs.

Em 1896, afinal, ele começou a trabalhar diretamente com alta costura, no salão de Jacques Doucet, um dos costureiros mais famosos do final do século 19, respeitado pela qualidade dos tecidos que utilizava em suas criações, e pelo seu esmerado acabamento. Quatro anos mais tarde, passou para o ateliê de Charles Worth, então considerado o maior nome da moda de Paris. Em 1904, finalmente, Paul Poiret abria sua própria maison, tendo como seu padrinho o amigo Doucet, que enviou a ele uma cliente famosa, a atriz Réjane, para um começo auspicioso.

A partir daí, Poiret começou sua escalada ao topo da vida parisiense, como estilista e como um de seus principais personagens. Como estilista, ele logo percebeu que as mulheres estavam cansadas de viver apertadas por cruéis espartilhos, que lhes davam, a custa de verdadeiros sofrimentos físicos, uma forma ideal, mas irreal, e passou a propor uma moda de roupas mais soltas, que envolviam o corpo em vez de asfixiá-lo.

Como personagem, Poiret tinha uma visão lúcida da sociedade em que vivia: a cidade de Paris jamais conhecera tanta animação, a vida social era pautada por celebrações monumentais, que moviam a nobreza e os artistas da época para festas que disputavam entre si o prêmio de maior riqueza e exuberância. Como estilista, ele coloria a moda, até então de tons soturnos e tristes, com uma verdadeira orgia de verdes, vermelhos e azuis - “Joguei alguns lobos entre os cordeiros”, ele costumava dizer, ao comentar sua inovação. Como personagem, Poiret criava sua própria agenda de festas, onde o maior brilho ficava por conta das roupas que as convidadas usavam.

Na verdade, na época, quem não vestisse um autêntico Poiret parecia irremediavelmente fora de moda - e então seu ateliê era o endereço certo para encontrar todas as mulheres mais elegantes da Europa, sem contar as ricas norte-americanas que iam passar o verão em Deauville, no norte da França, ou na Côte d’Azur, ao sul. A bailarina Isadora Duncan era uma das presenças mais constantes, em busca de trajes que comportassem toda a liberdade da dança com que surpreendia o mundo. Se as roupas que Poiret criava eram de estilo simples, solto, sem ornamentos em excesso, exatamente o posto do que se usara até então, suas festas eram um exagero de luxo.

A mais famosa delas aconteceu no dia 24 de junho de 1911, nos jardins de sua casa - quase um palácio - no Faubourg Saint Honoré. Amigo dos principais artistas e intelectuais da época, Poiret enviou a 300 felizardos um convite desenhado pelo artista plástico Raoul Dufy, que trabalhava com ele no desenvolvimento de técnicas de tingimento e estamparia em cores, que tinha o texto de ninguém menos do que o poeta, dramaturgo e ilustrador Jean Cocteau. Lia-se no convite: “Nesta noite não haverá nuvens no céu, e nada do que existe existirá. Haverá brilhos e perfumes e flautas e címbalos e tambores”. Para terminar, a afirmação nada modesta: “Será a mil e duas noites...” Se as promessas eram muitas, a realidade não desapontou ninguém.

Segundo o relato do próprio Poiret, os convidados chegavam a um salão onde um negro, envolto em sedas, com um archote e um punhal nas mãos, os agrupava e os conduzia até o anfitrião, através de um pátio de saibros, coberto por tecidos azuis e dourados, com fontes de porcelana. Subindo alguns degraus, chegava-se a uma enorme jaula também dourada, onde estava a mulher de Poiret, rodeada por outras mulheres que cantavam músicas persas, todas em um cenário com espelhos, aquários, chifons e plumas. Tapetes preciosos cobriam as escadarias, abafando o ruído dos passos. Nos jardins, as árvores ostentavam ‘frutos’ brilhantes, e araras, macacos e papagaios vivos davam o toque final. Ao fundo, como um sultão, estava Poiret, com um chicote de prata nas mãos.

Depois que todos os convidados haviam chegado, ele se dirigiu à jaula onde estava sua mulher, ‘libertou-a’, e todos se dirigiram ao bar, onde cem jarros de cristal continham as bebidas da noite, que se completou com uma arrebatadora chuva de fogos de artifício sobre a casa de Poiret. Sua glória, a partir daí, rompeu as barreiras da França.

De todo o mundo chegavam encomendas de toaletes para festas que procuravam seguir o ‘padrão Poiret’. Um padrão, na verdade, insuperável, que no verão de 1912 criou mais uma festa inesquecível, desta vez em homenagem a Isadora Duncan.

Realizada em um ponto de encontro para caçadas do rei Luis XV, o pavilhão de Butard, que Poiret acabara de comprar, junto com a floresta de Saint Germain, a noitada recebia convidados caracterizados de acordo com a corte que reinara no local. Todos eram recepcionados por mulheres transformadas em ninfas veladas de branco, portadoras de archotes, que eram levados até Poiret, vestido de ouro e marfim, como uma estátua de Júpiter. Vinte maîtres entregavam aos presentes coroas e guirlandas de flores, iguais às que enfeitavam as mesas, onde havia cascatas de melancias, romãs e abacaxis. Em meio às árvores, iluminadas por refletores escondidos, uma orquestra de 40 músicos tocava música clássica da melhor qualidade.

A influência de Poiret era total. Ao mesmo tempo em que lançava turbantes e calças de odalisca, inspiradas na moda do oriente que ganhava adeptos a partir dos espetáculos de dança do russo Sergei Diaghilev, criava objetos para decoração, desenhados por jovens que Poiret recrutava nas fábricas dos bairros de Paris e às quais ensinava a arte do esboço e da estamparia - assim nasceu a famosa École Martine. Pela mesma época, ele lançou uma série de perfumes com nomes como Ah, Noite da China, Fruto Proibido, Flor Estranha, para os quais René Lalique desenhava os frascos, e também encomendou a ilustradores que se tornariam famosos, como Paul Iribe e Georges Lepape, álbuns com suas criações

Em 1912, depois de ter criado a saia entravada, mais justa no tornozelo, e a saia abajur, cuja bainha era feita com arame, para formar um círculo em torno do corpo, Poiret excursionou pela Europa e, no ano seguinte, pelos Estados Unidos, com um grupo de modelos, o que não era hábito entre os estilistas. Em 1914, pouco antes do começo da 1ª Guerra Mundial, ajudou a fundar o Sindicato de Defesa da Alta Costura Francesa e, com a guerra, fechou seu salão para alistar-se no exército francês, só voltando às suas atividades com o fim do conflito.

Mas, então, a simplicidade das linhas de suas roupas havia sido abandonada pela maioria das casas de alta costura, que agora tinham no comando jovens mulheres como Jeanne Lanvin e Madame Vionnet. Suas festas continuaram - só que agora eram pagas - e ele ainda era o personagem mais célebre de Paris. Assim Poiret entrou pela década de 20, presente a todos os acontecimentos sociais importantes da cidade - em um baile, chegou vestido de Nabucodonosor, em um carro puxado por cem jovens nuas.

O mundo, porém, mudara, as mulheres descobriam outras atividades, além de participar de festas: elas praticavam esportes, trabalhavam. As roupas criadas por Poiret não tinham mais lugar numa época em que a pressa passava a ser uma constante. Assim, aos 50 anos, ele encerrou seu reinado, cedendo espaço ao novo estilo implantado por Coco Chanel e sua ‘moda pobre’, na definição de Poiret. Mas dele ficaram, para sempre, as provas de um talento único, que soube unir moda e arte, captando como ninguém a essência dos sonhos de sua época."

Fonte:http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/poiret.htm

http://www.metmuseum.org/special/poiret/king_of_fashion_images.asp

Pesquisa - RENÉ LALIQUE, (JULES)

1900 – 1910


"Joalheiro e vidreiro. Nascido em Ay, Marne, França. De 1876 a 1881, estudou desenho em Paris. Trabalhou como ouvires e passou vários anos em Londres, antes de retornar a Paris. Após um período como desenhista free-lance especializado em jóias, tecidos e leques, Lalique abriu em 1885 sua própria companhia, criando e fabricando jóias que vendia à Boucheron, à CARTIER e outras joalherias francesas. Em 1891, Lalique desenhou jóias para ser usadas no palco pela atriz Sarah Bernhardt. Na Exposição de Paris de 1900, obteve sucesso considerável com suas jóias ART NOVEAU. Por volta de 1895, o estilo diferente e sinuoso de Lalique em geral misturava formas humanas a motivos orgânicos e simbólicos. Famoso tanto por seu trabalho em vidro quanto por suas jóias, Lalique foi um artesão fecundo, executando desenhos extraordinários em materiais nobres."

Fonte: http://www.modasite.com.br/modasite/contents.jsp?page=glossary&section=L


"René Lalique contribuiu significativamente para o movimento Art Nouveau, que floresceu através da Europa e nos Estados Unidos, entre 1890 e 1910 e cujas principais características ornamentais são as linhas ondulantes e assimétricas, que geralmente tomam a forma de flores e botões, galhos, asas de insetos e outros delicados elementos da natureza. Linhas que ora são elegantes e graciosas, ora impõem ritmos dinâmicos, criando uma fusão entre a estrutura e o ornamento.

Criou para Sarah Bernhardt, (acima, exemplo de broche em ouro e pedras ) grande atriz teatral da época, jóias e objetos personalizados, que bem retratam o lado delicado e glamouroso do universo feminino deste período, na efervescente e multicultural Paris: a cidade luz. Isso fez dele, entre outras coisas, o designer mais cobiçado pelas suas inusitadas e ultra modernas propostas.Antes mesmo dessa arte se denominar design."

Fonte:
http://www.officinadopensamento.com.br/arquivos/visuais/artigos/rene_lalique_paula_valeria.htm

Pesquisa - ART NOVEAU

1900 – 1910

Impression à la planche sur coton, style Art NouveauAngleterre 1900
Fonte:http://www.musee-impression.com/sud/artnouveauZoom.html

"Estilo artístico desenvolvido na Europa a partir do final do século XIX.


O estilo Art Nouveau é caracterizado pela sua ruptura com as tradições que até então persistiam excessivamente na arte e na arquitetura. Tratou-se de um estilo novo voltado para a originalidade da forma, de modo que era destituído de quaisquer preocupações ideológicas e independente de quaisquer tradições estéticas.

Pretendendo-se como nova arte, o estilo procura ainda rejeitar as formas meramente funcionais envolvidas em todos os objetos decorativos provenientes da produção em massa e adere às formas sinuosas, curvilíneas.

Portanto tal estilo teve principal influência sobre a arte decorativa do início do século e ainda sobre a arte arquitetônica, na qual grandes nomes da arquitetura moderna se utilizaram deste estilo, como por exemplo o arquiteto espanhol Gaudi.

Também na pintura, o estilo esteve relativamente presente nas obras de personalidades artísticas como Vasili Kandinsky e Franz Marc. O estilo teve seu período de sucesso entre as duas últimas décadas do século XIX e as duas primeiras do século XX, em que é substituído paulatinamente pelo estilo Art Deco e definitivamente abandonado por ser considerado um estilo já ultrapassado.


Art Nouveau (arquitetura)

Também conhecido como estilo 1900 ou o estilo Liberty, o Art Nouveau se apresenta como tendência arquitetônica inovadora do fim do século XIX; um estilo floreado, onde se destacam a linha curva e as formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes, labaredas e outros elementos.

O movimento teve início na Inglaterra em 1880 com William Morris (1834 - 1896) e Arthur Heygate Mackmurdo (1852 - 1942), artistas que atuavam na produção tipográfica e de têxteis. Nessa época acreditava-se que o século XIX demonstrava pouca ou nenhuma importância estética.Tentando reverter esse panorama, Morris, pintor, poeta e artesão, clamava por uma unificação de todas as artes com o propósito de mudar a estética vigente que era a simples reprodução dos estilos do passado. Os ideais de Morris influenciaram aquela geração de artistas e arquitetos a enfatizarem o propósito social do desenho, na tentativa de integrar a arte à vida cotidiana.

Dez anos mais tarde, o estilo tem sua estréia na Arquitetura, com Victor Horta (1861 - 1947) e seu projeto para a residência Tassel (1892 / 93) em Bruxelas; apresentando como características, além do uso de elementos orgânicos, as aberturas com formas irregulares, a exploração de elementos de textura e cor nos revestimentos, o uso de ferro fundido e vidro, o desenvolvimento de novos materiais e novas formas de expressão apropriadas.
O Art Nouveau pode ser interpretado como um movimento burguês de cunho revolucionário, na medida que afronta a máquina (Revolução Industrial) e sugere a renovação do contato com a natureza, pregando o uso da ferramenta de trabalho como prolongamento do corpo do artista (A arte contra a técnica)."
Fonte: Enciclopédia Digital Master.

http://www.pitoresco.com.br/art_data/art_nouveau/index.htm

Consultar:
http://www.lexemplaire.ch/b.html
http://www.designerhistory.com/historyofashion/art12.html

Pesquisa - ISADORA DUNCAN


1910 – 1920


http://www.nndb.com/people/103/000030013/isadora-duncan-head.jpg

"Isadora Duncan (1877-1927) é um nome celebrado internacionalmente. Mas poucos sabem que ela foi uma dançarina revolucionária.

Ângela Isadora Duncan teve uma trajetória extremamente particular, tanto no campo profissional como no pessoal. Nascida "sob a estrela de Afrodite", segundo ela mesma dizia, em 26 de maio de 1877, em São Francisco, EUA, sua vida pode ser comparada em diversos momentos às tragédias dos gregos que tanto lhe inspiravam, não só por seu sucesso, mas também pelos muitos infortúnios que pontuaram sua existência.

Apesar dos infortúnios, sua trajetória pessoal foi marcada por muitos êxitos. Sua dança modificou as concepções estéticas vigentes na época, dividindo opiniões. Ainda que fosse considerada uma dançarina genial, Isadora afirmou, pouco antes de morrer, que jamais dançara um só passo em toda sua existência. Para ela, sua arte era a expressão da vida, seus movimentos derivavam dos desejos de sua imaginação e de seu espírito, baseados em formas da natureza. Sua maneira libertária de lidar com o mundo e a personalidade ímpar lhe renderam relacionamentos com homens notáveis, como o designer Gordon Craig, o herdeiro do império das máquinas de costura Paris Singer e o poeta russo Sergei Esenin. Seu círculo de amizades, por sua vez, incluía nomes como Auguste Rodin, Jean Cocteau e Preston Sturges, entre outros."

Fonte:http://www.conexaodanca.art.br/imagens/textos/artigos/Biografia%20de%20Isadora%20Duncan.htm

http://www.she.com.br/secoes/ver.asp?id_mat=521&id_secao_mat=11-1&id=11

Pesquisa - MODA JEANNE LANVIN

1910 – 1920


Fonte: www.elegant-lifestyle.com/fashion_books.htm


Fonte:http://www.prodimarques.com/sagas_marques/lanvin/lanvin.php


"Jeanne Lanvin foi uma das estilistas mais influentes do século 20, com criações que marcaram definitivamente suas primeiras décadas. Nascida na região da Bretanha francesa foi aprendiz de costureira e, mais tarde, chapeleira, profissão com a qual iniciou sua carreira em Paris, em 1890.

Em 1910, o orientalismo, que exercia grande influência em toda a Europa, fez com que Jeanne Lanvin passasse a apresentar roupas bastante exóticas, feitas em tecidos preciosos como veludos e cetins. Às vésperas da 1ª Guerra Mundial, ela criou os chamados robes de style, com cintura marcada e saias fartamente rodadas, que estiveram em moda, com pequenas modificações, até o início dos anos 20.

Seus vestidos tinham sempre uma concepção romântica e uma severidade muitas vezes atenuada por babados. Tudo o que ela criava transformava-se em sucesso: assim foi com seus vestidos chemisiers, com um bolero inspirado nos costumes bretões, vestidos com miçangas, especiais para dançar, vestidos esportivos de jérsei de lã xadreza com fios dourados e prateados, além de pijamas para festas. O uso freqüente de um determinado tom de azul fez com que ficasse conhecido como ‘o azul Lanvin’."
Fonte:
http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/lanvin.htm

"Jeanne Lanvin, - 1867-1946. Estilista. Nascida na Bretanha, França. Foi aprendiz de costureira e, depois, de chapeleira. Em 1890, abriu uma chapelaria em Paris. Nos primeiros anos do século XX, as roupas que fazia para sua irmã mais nova e, depois, para sua filhinha atraíam tanta atenção das clientes que Jeanne criou cópias e lançou linhas novas, vendendo-as em sua loja. Durante os anos seguintes, os pedidos de mulheres jovens persuadiram-na a abrir uma casa de alta-costura que oferecesse trajes de mãe e filha combinando. Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, criou seus famosos robes de style, baseados em modelos setecentistas. Esses vestidos de cintura marcada e saias rodadas permaneceram em moda até o início da década de 20, sofrendo apenas pequenos ajustes. Desenhou também vestidos românticos, inspirados em formas vitorianas suavizadas e generosamente adornado com bordados. Por volta de 1910, sob a influência de orientalismo, Jeanne passou a criar roupas de noite exóticas, de veludo e cetins, em estilo oriental. No início da Primeira Guerra Mundial, fez um vestido CHEMISIER simples que, mais tarde, tornou-se a silhueta básica dos anos 20. Suas roupas do pós-guerra obedeciam ao espírito da época. Em 1921, sua coleção "Riviera" lançou bordados astecas. No ano seguinte, o costume bretão de Lanvin apresentava um bolero, com PASSAMANARIA, inúmeros botõezinhos e uma gola grande de organdi que caía sobre um laço de cetim vermelho. Um gorro de marinheiro ou um chapéu de palha redondo completavam o traje. Confeccionava também vestidos com miçangas para dançar; vestidos esportivos de jérsei de lã com padrão XADREZ de fios dourados e prateados; PIJAMAS de festa; e CAPINHAS. Seu trabalho era facilmente identificável pelo hábil uso do bordado e pelo fino acabamento. Ela utilizava com tanta freqüência determinado tom de azul que este passou a ser denominado "azul Lanvin".
Fonte:
http://www.modasite.com.br/modasite/contents.jsp?page=glossary&section=L