segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Pesquisa - COCO CHANEL

1920 – 1930

Fonte: http://www.npr.org/programs/morning/features/2005/may/chanel/chanelmanray200.jpg

"A vida social de transição do século 19 para o 20. Aliás, Chanel foi o maior exemplo dessa transição. Foi uma mulher de fases, mas sobretudo uma visionária que antecipou idéias e estilos de comportamento do século 20.
Chanel (ou Coco Chanel, como ficou conhecida após ter sido apelidada por seu pai e quando se apresentava num cabaré onde cantava a música intitulada "Quem Viu Coco") tornou-se, então, ícone de expressão do estilo único e universal da moda nesse século. Sua visão de moda ultrapassava as barreiras vigentes na época. Sempre teve preocupações de fazer ligações entre a publicidade (coisa nova na época) e o que propiciasse conforto.

Nascida na cidade de Saumur, no interior da França do século 19 (mais precisamente em 19 de agosto de 1883), Chanel conseguiu fazer de tudo um pouco.

Chanel, muito antes do lançamento de "O Segundo Sexo", a bíblia feminista de Simone de Beauvoir, antecipou a liberação da mulher com sua moda simples, mas de alfaiataria bem cortada e elegante. Chanel tornou-se "um exemplo da nova mulher", escreve Wallach, "vivia abertamente com um homem que amava, sem ser casada, e tinha independência financeira como empresária de sucesso".

Lançou seu famoso vestidinho preto, que se tornou peça básica e foi descrito pela "Vogue" americana, em 1926, como o Ford (carro famoso na época) da moda, notando o sucesso em que ele se transformaria durante décadas. Chanel confirmou seu êxito na Exposition des Arts Décoratifs, em Paris, no mesmo período.

O escritor Victor Margueritte, no seu escandaloso romance "La Garçonne" (de 1922), delineou essa mulher moderna como "uma jovem com modos de menino, cabelo cortado curto, corpo magro e reto, roupas simples, tendência para ser independente e um ar quase arrogante".

Pronto. Estava fundamentado a ligação da obra com o que Chanel fazia: o livro passa a impressão de ter tido Chanel como seu modelo inspirador. George Bernard Shaw a definia como "a maravilha da moda mundial".
Outros setores marcados pela forte e marcante presença de Chanel foram os das artes cênicas, da dança e da literatura. Chanel estabeleceu (ou melhor, cultivou) amizades estratégicas com personalidades que frequentavam seu famoso ateliê na Rua Cambon, em Paris. Os pintores Pablo Picasso e Salvador Dalí, o escritor Jean Cocteau, os poetas Claude Debussy e Pierre Reverdy, os bailarinos Nijinsky e Serge Lifar, o compositor Igor Stravinsky e Sergei Diaghilev foram algumas das personalidades que associaram o nome de Chanel ao momento modernista, vivenciado nas primeiras décadas do século 20. Para Wallach, "sua arte minimalista em relação à moda que criava não estava muito longe das idéias da arte abstrata".Desenhou os figurinos da peça "Antígona" (de Sófocles), "Édipo Rei" e "Os Cavaleiros da Távola Redonda", todas adaptadas por Jean Cocteau; da ópera-balé "Le Train Bleu", para a Ballets Russes, de Diaghilev.Para o cinema, fez o figurino de divas como Ina Claire (em "Cortesãs Modernas"), Gloria Swanson (em "Tonight or Never") e Greta Garbo. O cineasta Jean Renoir também teve o talento de Chanel no figurino de seu filme, "A Regra do Jogo". E também com Salvador Dalí, no Ballet Bacchanales.[1]
[1] Tarcísio D'Almeida é conselheiro editorial da Sociedade Brasileira de Estudos em Moda. Entre seus trabalhos estão, estudos para a USP (Universidade de São Paulo) sobre semiótica da moda, contribuições para os jornais Folha de S.Paulo, "Jornal da Tarde", "O Globo" e "Valor Econômico" e a revista "Vogue"."
Fonte:
http://almanaque.folha.uol.com.br/moda_21jan2000.htm
"Chanel libertou a mulher das faixas e cintas, dos corpetes apertados, das saias amplas de múltiplos babados e franzidos do fim do século 19 e começo do século 20.Em 1916, ela introduziu na alta-costura o jérsei de malha, os trajes de tecidos xadrez e a moda escocesa, com blusas de malha fina, as calças boca-de-sino, as jaquetas curtas e os casacos cruzados na frente e acinturados em estilo militar.Para a noite, Chanel criou vestidos em negro metálico, vermelho escarlate ou bege. Laços e paetês eram os únicos enfeites e não impediam que as mulheres se movimentassem com rapidez, ágeis como pedia a estética de um século onde tudo se tornava automatizado."
Fonte:
http://almanaque.folha.uol.com.br/chanel_historia.htm
"Sem qualquer preconceito, Chanel adotou o suéter masculino usado sobre saias lisas e retas e, em 1920, deu um de seus golpes mais ousados, lançando calças masculinas para mulheres, inspiradas nas calças de boca larga usadas por marinheiros.
Suas inovações, de fato, retocaram toda a silhueta feminina. O novo comprimento de suas saias mostrou os tornozelos das mulheres, cujos pés passaram a contar com sapatos confortáveis de bicos arredondados. Pérolas em especial, e bijuterias em geral, ganharam lugar de destaque entre os acessórios, cachecóis enrolaram-se com classe nos pescoços das mulheres e seu corte de cabelo tornou-se simétrico, reto, mostrando a nuca - o eterno corte Chanel.
Também eternos tornaram-se o “pretinho”, vestido reto."
Fonte:
http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/chanel.htm
Frases de Chanel

"Sou contra uma moda que não dure. É o meu lado masculino. Não consigo imaginar que se jogue uma roupa fora, só porque é primavera."

"Uma mulher vestida de claro raramente fica de mau-humor.""A natureza nos dá o rosto dos 20 anos. A vida modela o dos 30. Mas temos que merecer o rosto dos 50.""Aos 50 anos a mulher é responsável por seu rosto. Ninguém é jovem aos 50. Costumo dizer aos homens: acham que ficam mais bonitos carecas?"

"Sou a última do meu gênero. Não terei sucessores. Espero apenas que o meu exemplo não seja esquecido muito depressa".

"A roupa deve ser, antes de tudo, cômoda e prática. É a roupa que deve adaptar-se ao corpo e não o corpo que deve deformar-se para adaptar-se à roupa".

"A moda, como a arquitetura, é uma questão de proporções"."As roupas velhas são como velhos amigos. Nós os conservamos. Gosto de roupas como gosto de livros: para pegar, mexer nelas."

"Os homens que querem se fazer notar pelas roupas são uns cretinos. As mulheres podem sobreviver a quase todas as formas de ridículo; um homem ridículo está perdido, a menos que seja gênio."

Fonte: http://www.revistainteratual.com.br/moda_chanel.php

Pesquisa - GRETA GARGO

1930-1940





"Biografia

18-9-1905, Estocolmo
15-4-1990, Nova York
Greta Garbo, cujo nome verdadeiro era Greta Lovisa Gustafsson, era conhecida pelo epíteto de "A Divina" devido à beleza clássica de seu rosto e ao magnetismo que irradiava. A partir de 1941, Greta Garbo retirou-se e não voltou a aparecer em filmes. Uma das razões para esse isolamento pode ter sido o fracasso de seu último filme, Duas Vezes Meu (1941). Greta Garbo habituara-se a triunfar desde o seu primeiro filme, A Saga de Gösta Berling, rodado na Suécia e baseado numa novela de Selma Lagerlöf. Mauritz Stiller, diretor desse filme, foi quem a batizou então com seu nome artístico e a introduziu em Hollywood, onde, em 1926, assinou um contrato com a Metro-Goldwyn Mayer (Samuel Goldwyn). De sua filmografia destacam-se A Mulher Divina, 1928; Mata Hari, 1931; A Dama das Camélias, 1937; e Ninotchka, 1939. Em 1954, foi premiada com um Oscar pelo conjunto de sua carreira."
Fonte: http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia.php?c=392




A Dama das Camélias
Fonte:http://www.openmusic.ru/articles-respond-film-enciclo/0013-greta_garbo/0013-greta_garbo_01.jpg

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Pesquisa - MODA ELSA SCHIAPARELLI

Moda 1930 1940
ELSA SCHIAPARELLI -1890/1973
"Para muitas pessoas, ela é simplesmente a estilista que lançou e implantou a cor rosa choque. Para quem gosta de cinema, ela é a avó da bela e elegante atriz Marisa Berenson. Mas Elsa Schiaparelli, nascida em Roma, na Itália, foi na verdade muito mais do que isso - ela foi um dos marcos da moda do século 20.
Ela estudou filosofia e, já casada, mudou-se para Boston, nos Estados Unidos. Depois de uma temporada em Nova York, finalmente Elsa Schiaparelli chegou a Paris - o ano era o de 1920, e Paris era o centro do mundo.
Escultora e pintora, ela logo foi incentivada por Paul Poiret, um dos gênios da alta costura, a dedicar-se à moda. Uma de suas primeiras criações foi um suéter preto tricotado, com detalhe imitando um laço branco, conseguindo um efeito conhecido como trompel’oeil, ou uma falsa impressão, que se transformou num sucesso de vendas.
Em 1928, ela abriu uma loja que levou o nome de Pour le Sport, mas foi em 1929 que surgiu seu primeiro salão. Irreverente, extravagante, ousada, Elsa Schiaparelli logo fazia parte de um dos mais notáveis círculos de artistas da época, do qual participavam o pintor Salvador Dali, o escritor e cenógrafo Jean Cocteau, o ilustrador Christian Bérard e o designer de jóias Jean Schulemberger. E todos eles acabariam por participar da obra de Schiaparelli de uma forma decisiva, fazendo com que, em seu trabalho, moda e arte se fundissem.
Seu estilo elegante e sofisticado resultava em roupas às vezes muito excêntricas, mas que atraíam uma grande clientela. Não era para menos. Seus vestidos podiam ter estampas criadas por Dali - um deles, em seda branca, tinha seu charme nas borboletas multicoloridas desenhadas pelo mestre do surrealismo. Os botões que usava podiam levar a assinatura de Cocteau, e eram sempre muito mais do que simples botões - em 1938, botões em forma de acrobatas mergulhavam nas casas de uma jaqueta estampada com cavalinhos de carrossel.
Schiaparelli foi das primeiras estilistas a utilizar material plástico, uma novidade para a época, e criou com eles bijuterias, assim como também foi a pioneira a fechar roupas com zíperes, chegando a tingi-los na cor dos tecidos, e deixando-os aparentes. Suas roupas surpreendiam não só pela elegância e acabamento perfeito, mas pelos motivos inusitados que escolhia como detalhes - pautas musicais bordadas em vestidos de baile, e cuja fivela do cinto era uma caixa de música, sóis, estrelas e luas aplicadas em uma jaqueta, notícias de jornal impressas em lenços e écharpes.

Um dos muitos chapéus exóticos que Schiaparelli criou ficou célebre: em parceria com Dali, ela inverteu a posição de um sapato e colocou-o na cabeça das mulheres. As bolsas não eram menos divertidas, pois se acendiam e tocavam música.
Seu uso de cores era único, e foi uma cor que ficou famosa justamente por causa dela - um certo rosa, que seu amigo Christian Bérard costumava usar em suas ilustrações, ganhou sua preferência e um nome eterno: rosa choque.
Elsa Schiaparelli teve entre seus assistentes os estilistas Pierre Cardin e Hubert de Givenchy, e foi inovadora também na área comercial de seu negócio, ao licenciar seu nome como marca, depois de criar óculos e sapatos para produção industrial.
Durante a 2ª Guerra Mundial, a estilista voltou aos Estados Unidos, onde fez muitas palestras, e chegou a abrir uma filial de seu salão em Nova York. Mas foi em Paris, em 1954, que ela realizaria seu último desfile."
Fonte:
http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/schiaparelli.htm
"ELSA SCHIAPARELLI nasceu em Roma, na Itália, em 1890. Neta do famoso astrônomo, que descobriu os canais do planeta Marte, Giovanni Schiaparelli, sua família possuía uma boa situação financeira, o que permitiu que ela fosse estudar na Suíça e em Londres, onde conheceu aquele que veio a ser seu marido, o filósofo e jogador, Willy de Kerlor, em 1913.

O casal se mudou para Nova York, nos EUA, país onde nasceu sua filha Gogo, que viria mais tarde a lhe dar uma neta, a atriz Marisa Berenson. Seu casamento não durou muito tempo e Schiaparelli, com uma filha pequena para cuidar, não conseguiu sobreviver sozinha na América e voltou para a França, em 1922.
Nessa época, ela desenhava e já começava a vender seus primeiros tricôs. Encorajada pelo estilista e amigo Paul Poiret, Schiap abriu sua primeira butique em 1927, e, em 1929, apresentou sua primeira coleção, que foi um verdadeiro sucesso.
Elsa Schiaparelli sempre esteve ligada aos artistas de sua época. Era amiga de muitos, como Marcel Duchamp, Picabia, Man Ray, Stieglitz, Jean Cocteau, Christian Bérard e Salvador Dalí. Ela acreditava que a moda não podia estar desvinculada da evolução das artes plásticas contemporâneas, sobretudo a pintura.
Com o seu progressivo sucesso, Schiaparelli se tornou a maior rival da famosa estilista Coco Chanel. Seus estilos eram totalmente opostos: enquanto Chanel criava roupas funcionais para a mulher moderna, Shiap fazia modelos surrealistas, exóticos.

Schiaparelli e Salvador Dalí chegaram a trabalhar muitas vezes juntos, o que resultou em várias criações bastante particulares, como o famoso chapéu em forma de sapato, a bolsa-telefone, o tailleur-escrivaninha com bolsos em forma de gaveta, o vestido de seda pintado com moscas, entre outros. Foi no surrealismo que ela encontrou a sua fonte básica de inspiração.
Todas as coleções lançadas por Schiaparelli se inspiravam em fantasia e partiam de um ou dois temas dominantes. Uma de suas preferidas era a coleção de circo, com cavalos, elefantes ou acrobatas no trapézio, bordados em muitas peças, como os boleros, com botões de cabeça de palhaço e o chapéu em forma de sorvete.

Sempre utilizando bordados e cores fortes, Elsa criou a coleção de astrologia, na qual se destacava uma luxuosa capa com enormes signos do zodíaco bordados em ouro, assim como o motivo "Phoebus", um sol radiante sobre um tecido rosa-choque. Ela passeou por muitos outros temas em suas coleções, como a música, o fundo do mar e a "Commedia dell'Arte", na qual também apareciam as capas, desta vez com losangos de veludo.Além de suas criações sempre impactantes, ela inovou nos materiais utilizados em suas roupas, como o zíper, o crepe de seda e o celofane. Todos esses novos materiais, como a fibra sintética, possibilitaram que Elsa executasse todos os seus sonhos surrealistas.
Schiap buscava o efeito teatral através das cores vivas, não muito usadas naquela época. Ela conseguiu criar um tom de rosa tão forte, que chegava a ser dramático. Ela o batizou de "shocking", o seu rosa-choque. A cor foi usada por ela em muitas criações, desde chapéus até longas capas bordadas. "Shocking" também foi o nome dado àquele que viria a ser o seu perfume mais conhecido, lançado em 1938. O frasco tinha a forma do corpo da então famosa atriz de cinema Mae West, que personificava a ousadia do estilo Schiap.
Apesar de ter tido clientes como as atrizes Greta Garbo, Joan Crawford e Carole Lombard, ela não fez muitos figurinos para o cinema. Seu maior sucesso foi em 1937, com o filme "Every Day's a Holiday", com Mae West. Também criou os figurinos dos filmes "Artists and Models" e "Moulin Rouge", com Zsa Zsa Gabor, em 1952.
Em 1939, quando explodiu a Segunda Guerra Mundial na Europa, Schiaparelli decidiu fechar sua maison. Ela preferiu colaborar com os esforços antinazistas nos Estados Unidos. Quando a guerra chegou ao fim, ela retornou a Paris, em 1945. Sua maison sobrevivera aos anos de conflito e logo foi reaberta.Nessa época, passaram por seu ateliê alguns estilistas famosos, como Hubert Givenchy e Pierre Cardin.
Em 1946, Salvador Dalí desenhou o frasco de um novo perfume, o "Roi-Soleil". A assinatura de Schiaparelli ainda produziu uma linha de malas e frasqueiras e uma coleção de prêt-à-porter, que foi vendida nos Estados Unidos.
Apesar de todos os esforços para continuar sua produção, os tempos mudaram para Schiaparelli. Com dificuldades financeiras e problemas pessoais, ela acabou fechando sua maison em 1954.
Em seguida, lançou um livro de memórias, intitulado "Shocking life", novamente a cor intensa que demonstrava sua ousadia, excentricidade e o impacto que desejava causar.

Elsa Schiaparelli morreu em 1973, aos 83 anos."
Fonte: http://almanaque.folha.uol.com.br/schiaparelli_historia.htm
"A vida em rosa-choque
Seu estilo moderno e excêntrico a fez criar um tom de rosa eletrizante, o qual ela chamou de "shocking", o famoso rosa-choque. Em 1938, Schiap lançou um perfume com o mesmo nome - "Shocking". O frasco foi desenhado pela pintora surrealista Leonor Fini e tinha a forma de um torso feminino. Na verdade, o da atriz Mae West, que encarnava a ousadia do estilo Schiap. O seu livro de memórias, lançado em 1954, também recebeu o nome da sua cor preferida.

O estilo marcante de Elsa Schiaparelli talvez pudesse ser representado pelo seu rosa "Shocking, descrito por Yves Saint-Laurent como: "Uma provocação".
http://almanaque.folha.uol.com.br/schiaparelli.htm

Pesquisa - MODA SALVATORE FERRAGAMO

Moda 1930 - 1940
"Salvatore Ferragamo foi um artista em sintonia com o clima cultural de seu tempo"

"Um dos nomes mais importantes do século 20 no design de calçados, Salvatore Ferragamo, nascido em Bonito, localidade próxima a Nápoles, no sul da Itália, desde adolescente exercia seu ofício. Com 16 anos, passou a trabalhar com seus irmãos na Califórnia, Estados Unidos, onde faziam sapatos à mão para as produções cinematográficas da American Film Company.

Atores e atrizes, que assim conheceram o trabalho de artesão de Ferragamo, logo se tornaram seus clientes particulares - nos anos 20, as mulheres adotaram uma de suas criações, as sandálias com tiras que eram amarradas nos tornozelos, lembrando os calçados usados pelos romanos, na Antiguidade. De 1923 a 1927, Ferragamo morou em Hollywood, trabalhando para as companhias de cinema Universal, Warner Bros. e Metro-Goldwin-Mayer.

Quando voltou para a Itália, escolheu a cidade de Florença para abrir uma oficina de calçados com 60 operários, dando início à primeira produção em larga escala de sapatos feitos à mão.
Sua criatividade não tinha limites, seja no que dizia respeito à forma de um calçado, seja quanto aos materiais empregados para fazê-lo - de sua oficina saíram os primeiros modelos de salto anabela e sola tipo plataforma, ainda nos anos 30, e além do couro, ele usava renda e ráfia, entre outras novidades.


Sandália 1928


Em 1947, sempre à frente do estilo de sua época, e muito tempo antes da chegada do material plástico ao mundo dos calçados, Ferragamo criou o que ficou conhecido na época como “o sapato invisível”, feito em náilon e com salto em camurça preta. Segundo se sabe, até 1957 o estilista havia criado mais de 20 mil modelos de calçados e registrara 350 patentes."

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Pesquisa - ART DÉCO

Art Deco 1930 - 1940

"O Art Déco é caracterizado por um eclético estilo de design que se desenvolveu no início do século. Inicialmente foi chamado de moderno, recebendo depois o nome de Art Déco, em conseqüência da Exposição Internacional das Artes Decorativas Industriais e Modernas de Paris, em 1925, a qual celebrou a vida no mundo moderno. A nova estética da virada do século tomou impulso a partir dai.

Pode-se dizer que o período do Art Déco deu seus primeiros passos no início do século, sendo seus dois precursores Charles Rennier Mackintosh da Escócia e Josef Hoffmann de Viena. Esta observação pode ser feita, pois estes homens foram reformadores dos excessos do estilo Art Nouveau, e seus trabalhos, logo após a virada do século, foram uma indicação do que surgiria nas próximas décadas. Em 1903, Hoffman fundou o Wiener Werkstatte, um "workshop" que produziu alguns dos primeiros designers Art Déco, que viriam a atuar nas décadas posteriores. O projeto do "Palais Stoclet", de Hoffman, na Bélgica, é sem dúvida o melhor exemplo do que viria a ser o estilo Art Deco.

Hoje o termo Art Déco é usado para se referir a uma mistura de estilos dos anos 20 e 30. Este foi justamente o período do apogeu do Art Deco, e corresponde ao intervalo entre as duas guerras mundiais.

O período do Art Déco é um período de contradições. Através dos ruidosos anos vinte e a Grande Depressão dos anos 30, o Art Deco impregnou o mundo cotidiano com um elegante estilo de fria sofisticação. Cantores e compositores entretinham audiências através do novo meio do rádio, e os musicais de Hollywood ofereciam a esperança de tempos melhores e uma fuga temporária dos problemas diários. Viagens eram notícia, com as linhas oceânicas correndo pelo Atlântico e trens atravessando continentes, a velocidade passa a ser uma metáfora dos tempos modernos. O design acompanhou estas mudanças.

O Art Déco surgiu como uma antítese do Art Nouveau. Onde este era pesado e rebuscado, o Art Deco era limpo e puro. O estilo e aspectos do design Art Deco com suas linhas simples, de formas aerodinâmicas, difundiram-se em todos os aspectos da vida cotidiana da época. Toda as formas de artes e ofícios usavam este novo estilo. Incluindo arquitetura, vestuário, indústria, joalharia, móveis, utensílios, desenho de interior e qualquer coisa que se possa imaginar.

Suas linhas, quando curvas, seguiam um arco bem definido e quando retas, tinham a precisão de uma régua. As linhas limpas, a aerodinâmica e a simetria, características encontradas no design Art Deco, tiveram como inspiração a indústria. Foi a era da máquina. O Art Deco podia ser alegre por um lado, e por outro, grave e prático. Refletia as mudanças do seu tempo. Modelos clássicos da antiga Grécia, artefatos egípcios, temas do Meio Oeste americano, a arte oriental, e uma grande variedade de outras influências são encontradas no Art Deco de forma estilizada. Mesmo usando o antigo como inspiração, este vinha sempre temperado com ingredientes novos.

A arquitetura e artes aplicadas do período Art Deco revelam uma mistura variada. No entanto, a maior parte compartilha a marca característica da geometria e simplicidade, freqüentemente combinadas com cores vibrantes e formas simples que celebram o crescimento do comércio e da tecnologia. É o design abstrato e o uso da cor pela cor. Foram produzidos nesta época desde objetos luxuosos feitos com materiais exóticos, para uma clientela exclusiva, como também artigos diversos produzidos em massa, muitos deles imitações dos objetos de luxo, ficando assim disponíveis à crescente classe média. O mundo do Art Deco representa uma "benevolência da forma" para com um tempo simples.

Havia também uma preocupação com a baixa dos preços dos objetos de consumo e aprimoramento dos métodos de produção. Nos objetos de arte do período do Art Deco, via-se a preocupação com detalhes característicos da produção em massa, embora estes fossem geralmente produzidos por hábeis mestres artesãos. Estes detalhes são a simplicidade das linhas, formas e padrões geométricos, repetição de elementos simetricamente distribuídos.

No final dos anos 20, como resposta à recessão econômica, empresas Americanas começaram a contratar artistas comerciais, ilustradores de propaganda, e designers profissionais para adequar seus produtos às necessidades da época. Inspirados no estilo Art Deco, estes novos desenhistas industriais, de princípio, criaram câmeras, rádios e outros produtos com linhas elegantes, mais tarde adaptaram as formas aerodinâmicas modernas para criar um estilo de design comercial, refletindo um desejo de suavizar o progresso.

Observando-se algumas peças do Art Deco, não se pode deixar de notar o grande número de objetos "disfarçados de outros". Como por exemplo: bules que parecem automóveis, ursos ou elefantes, candeeiros de mesa em forma de pára-quedista a pousar no solo, etc... O design de máquinas era empregado livremente como inspiração. As asas de um avião, a proa de um navio, as escotilhas dos camarotes dos novos transatlânticos, engrenagens, as estruturas de motores de carros, etc.. eram facilmente encontradas em objetos do cotidiano. Estes produtos eram fabricados geralmente com os novos materiais tais como a baquelite, o plástico e o crômio.

Dois designers que aparecem como os primeiros a apresentar o novo estilo em seus trabalhos, no período de transição entre o Art Nouveau e o Art Deco, são o costureiro Paul Poiret e o mestre dos trabalhos em vidro, René Lalique. Os trabalhos destes dois profissionais, sem dúvida, influenciaram as linhas do novo estilo. Outra influência importante foi a montagem de produções do Balé Russo, com um estilo de decoração oriental e cores exóticas.

Alguns destaques do Art Deco na Europa foram: Jacques Émile Ruhlmann tanto na arquitetura como no mobiliário, Jean Dunand em trabalhos em laca, Jean Puiforcat em prata, René Lalique em vidro e jóias.

O Art Deco americano ficou mais geométrico e linear do que o europeu, principalmente o francês, que pode ser considerado o centro do movimento. Na América, no entanto, foi onde mais se expandiu, podendo ser visto desde grandes edifícios como o Crysler Building (Nova York), até cartazes anunciando exposições, passando por locomotivas, carros de passeio, rádios, design de interior, jóias etc...Alguns destaques entre os designers americanos deste período são: Frank Lowyd Wright, Walter Dorwin Teague e Donald Deskey.

Pode se considerar o fim do movimento, se é que teve um fim, como sendo conseqüência da crise financeira de 1929, somada à depressão mundial. A segunda Guerra Mundial interrompeu qualquer recuperação e destruiu toneladas de material. Finalmente, a preocupação com a reconstrução pós-guerra deixou pouco tempo para coisas não essenciais.

Deve se destacar um aspecto importante na história do design deste período que são as divergências existentes entre autores a respeito de objetos do final do Art Nouveau, Art Deco e Styling Americano; neste período o designer passou a ser de fundamental importância para o sucesso das indústrias e seu trabalho com isto se valorizou, fazendo com que inúmeros profissionais vindos de diversas formações se dedicassem a este ofício."
Fonte:http://www.arte.unb.br/alunos/graduacao/alu98/cga/html/historico.html


Sites recomendados:

http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/deco/index.htm
http://www.artdecoworld.com/
http://www.museocasalis.org/index.php?pg=pagina&id=8&mn=3&lg=po
http://www.greatbuildings.com/types/styles/art_deco.html
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp049.asp
http://www.vitruvius.com.br/resenhas/textos/resenha027.asp
http://www.retropolis.net/
http://www.sjsu.edu/faculty/wooda/miami/
http://neweraantiques.com/
http://www.tace.com/periods/artdeco.html
http://www.art-deco.com/statues.html
http://www.art-deco.com/general.html
http://www.decoweb.com/decartde.htm

http://www.decoweb.com/Deco.html?afdt=AGQ7gEj8TkcKEwiJwrn-pIiOAhULdxUKHXo7jA8YACAAMLak9g44DQ


Pesquisa - SARAH KUBITSCHEK

SARAH KUBITSCHEK – 1940 – 1950



"Sarah Kubitschek foi casada com Juscelino Kubitschek durante 46 anos. Nascida em Belo Horizonte, filha do deputado Jayme Gomes de Souza Lemos e de dona Luizinha Negrão Lemos, casou-se em 31 de dezembro de 1930. A partir daí sua vida se confunde com a carreira política de seu ilustre marido, que ocupou vários cargos na administração pública: Chefe do gabinete civil do governo de Minas Gerais; deputado federal; prefeito de Belo Horizonte; novamente deputado federal; governador de Minas Gerais; Presidente da República e finalmente senador pelo Estado de Goiás. A brilhante carreira de JK levou-a a uma vida também de lutas e restrições. Dona Sarah é fundadora da Organização das Pioneiras Sociais, que realizou notável obra de assistencialismo em Minas, incluindo fundação de escolas, creches e distribuição de roupas, alimentos, cadeiras de rodas e aparelhos mecânicos para deficientes físicos.

Com a eleição de seu marido para a Presidência da República levou, dona Sarah, para o Rio a sua Organização das Pioneiras Sociais onde, agora, dispondo de maiores recursos ampliou significativamente sua obra benemérita, fundando escolas pelo interior, criando hospitais altamente especializados como o Centro de Pesquisa Luiza Gomes de Lemos, do Rio de Janeiro, que se dedica ao tratamento de câncer da mulher. Tendo também prestado significativa assistência às pessoas carentes de nossa sociedade. Em Belo Horizonte, já seu marido na Presidência da República, fundou o Hospital Júlia Kubitschek, um dos maiores da capital mineira, e o Hospital Sarah Kubitschek, cujo centro cirúrgico tem o nome de seu irmão Geraldo Gomes de Lemos, além do internacionalmente conhecido Hospital Sarah Kubitschek, de Brasília, onde são atendidos pacientes com os mais diversos problemas motores. Criou outras escolas e creches, na capital e no interior, como o Educandário Luiza Gomes de Lemos, em Cachoeira Paulista, e tantos outros. Fundou hospitais-volantes, distribuídos pela maioria dos Estados, equipados para atendimento médico e odontológico e trouxe, para a Amazônia, os hospitais flutuantes, adquiridos da Alemanha."
Fonte:
http://www.memorialjk.com.br/sar/indexsarah.htm

Arquitetura

Alva Aalto
Finn Juhl
Oscar Niemeyer- Pampulha.

Pesquisa - MODA BALENCIAGA

Moda 1940 - 1950 - Cristóbal BALENCIAGA Esagari


"Nasceu em Guetaria - região basca da Espanha -, no dia 21 de janeiro de 1895. De família pobre, era filho de um pescador e uma costureira.

Em Guetaria, morava a marquesa de Casa Torrès, que foi a grande incentivadora do jovem Balenciaga em sua carreira como estilista. Aos 12 anos desenhou, pela primeira vez, um vestido para a marquesa. A partir daí, começou a frequentar o ateliê de um alfaiate madrileno, com quem aprendeu alfaiataria.

Em 1915, abriu sua primeira casa de costura em San Sebastian, cidade próxima à sua. Seu sucesso não demorou a chegar e, em pouco tempo, se transferiu para Madri. Em 1936, decidiu se mudar para Paris e, em agosto do ano seguinte, apresentou sua primeira coleção.

Dez anos antes do "New Look" de Dior, que viria revolucionar a moda da época, as criações de Balenciaga começaram a atrair as damas da sociedade e atrizes famosas para sua maison, que ficava no número 10 da avenida George 5º, em Paris.

A experiência adquirida em alfaiataria permitia que o espanhol não só desenhasse seus modelos, mas também os cortasse, armasse e costurasse, o que não é comum aos estilistas, que em geral apenas desenham suas criações.

A perfeição nas proporções conseguida por Balenciaga em seus modelos aproximava sua arte da arquitetura. Considerado o grande mestre da alta-costura, seu estilo elegante e severo, às vezes dramático, tornaram inconfundíveis suas criações.

Em 1939, lançou o corte de manga com a aplicação de um recorte quadrado e uma linha de ombros caídos, com cintura estreita e quadris arredondados. No ano seguinte, apresentou o seu primeiro vestidinho preto, com busto ajustado e quadris marcados por drapeados, além de abrigos impermeáveis em tecidos sintéticos.

Em 1942, as jaquetas largas e as saias evasês compunham a chamada "linha tonneau". O primeiro paletó-saco e os redingotes com mangas-quimono surgiram em 1946. Suas coleções de 1947 e 1948 tiveram inspiração espanhola, com elegantes vestidos e boleros de toureador para a noite.

Seu primeiro perfume, "Fruites des Heures" foi criado em 1948.Em 1949, fez mantôs muito largos e, em 1950, vaporosos e retos, além do vestido-balão.Balenciaga viveu o auge de sua fama e criação durante os anos 50, começando em 1951, mudando a silhueta feminina ao eliminar a cintura e aumentar os ombros, num talhe muito acentuado.

Em 1955, criou o vestido-túnica e, em 1956, subiu as barras dos vestidos e casacos na frente, deixando-as mais compridas atrás, além do primeiro vestido-saco. Em 1957, apresentou o vestido-camisa. A linha "Império" foi criada em 1959 e veio com a cintura alta para os vestidos e os mantôs em forma de quimonos.

Durante os anos 60, Balenciaga criou casacos soltos, amplos, com mangas-morcego e, em 1965, apresentou os primeiros impermeáveis transparentes em material plástico. Sua última coleção foi lançada na primavera de 1968 - ano em que se aposentou e fechou sua maison - e mostrou jaquetas largas, saias mais curtas, vestidos-tubo e muitas cores.

Balenciaga era considerado purista e classicista. Seu estilo ainda é lembrado pelos grandes botões e pela grande gola afastada do pescoço.Morreu, aos 77 anos, no dia 24 de março de 1972, em Javea, na costa espanhola do Mediterrâneo.

Desde 1997, o francês Nicolas Ghesquière cuida da criação da marca, que foi comprada pela poderosa Gucci em julho de 2001."
Fonte:http://almanaque.folha.uol.com.br/balenciaga_historia.htm

"Suas roupas eram formais, porém de linha simples, e muitas de suas criações jamais podem ficar de fora de uma relação de marcos importantes da história da moda. Uma delas, de 1939, foi corte especial de manga, com a aplicação de um recorte quadrado. Outra, de 1940, foi um ‘pretinho’ de busto ajustado e quadris marcados por drapeados. Outra, ainda, de 1942, foi uma linha de saias e casacos mais curtos na parte da frente. Em 1956, criou um estilo que correu o mundo, deixando os ambientes sofisticados e ganhando as ruas, apesar de não favorecer a quem a adotava: eram os vestidos tipo saco, soltos, ligeiramente afunilados na barra, tornando irreconhecível a figura feminina, mas marcando fortemente o trabalho de seu criador."
Fonte: http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/balenciaga.htm

Pesquisa - MARIA CALLAS e DIOR

MARIA CALLAS - 1950 - 1960



Biografia

"Maria Kalogheropulos, conhecida por Maria Callas, (Nova York, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) extraordinário soprano, filha de um casal grego emigrado, que, embora vivendo com modéstia, não tinha grandes dificuldades econômicas, teve o seu berço em Nova Iorque, em 1923. Foi muito importante para o seu futuro ter começado a aprender piano. Em 1937 os pais separam-se e ela regressa à Grécia, juntamente com a irmã e com a mãe. Entrou para o Conservatório Nacional de Atenas, somente com 15 anos. Nesse mesmo ano, ganha um prémio, que lhe é atribuído pela interpretação de "Santuzza", - "Cavalari Rusticana". Apesar de ter uma voz grave consegue atingir, brilhantemente e com facilidade, o registo agudo. Disto se apercebeu Elvira Hidalgo, famosa professora espanhola, que aconselha Maria a estudar a técnica da coloratura e a empenhar-se na disciplina do canto.

De 1942 a 1944 cumpre um contrato na Ópera de Atenas, devido a várias provas interpretativas, o que a iam consagrando. Regressa aos Estados Unidos, para viver com o pai, recebendo um convite para cantar "A Gioconda", no anfiteatro de Verona, com o maestro Túlio Serafim, que se apercebeu das enormes qualidades da artista e a havia de acompanhar ao longo de muitos anos.
Com 23 anos casa com o riquíssimo Meneghini. Pisava já e dominava os palcos dos maiores teatros líricos do mundo. Tinha-se tornado imensamente rica, muito bela e sensual. Vestia-se nos grandes costureiros e tinha um guarda-roupa deslumbrante.

Após uma fase de enorme trabalho e cansaço aceita uma viagem de duas semanas com Onassis, no seu iate "Christina" e, acabado este cruzeiro, deixou partir o marido e ficou a viver com o magnata grego durante 9 anos.Possuía uma voz potente e moldável. As suas interpretações sempre arrastaram e encantaram as multidões. Impôs uma personalidade vocal e teatral que influenciou a sua geração. Abandonou o palco em 1965. Dos muitos papéis que interpretou no gênero lírico e dramático e de inúmeros compositores, destacam-se: "Norma", de Bellini; do mesmo autor "Os puritanos da Escócia", no papel de Elvira; representou o personagem de Violetta em "La Traviata", de Verdi; "Medeia", de Cherubini; "Tosca", de Puccini; "Lucia de Lammermore", de Donizetti.

Isolada, no seu apartamento de Paris, Maria Callas morreu em 1977, deixando perpetuado o eco de uma voz única, que soube transmitir, como nenhuma outra, toda a gama de emoções de que o ser humano é capaz."

Moda: 1950 - 1960




"Christian Dior (e o seu "new look", após a Segunda Guerra Mundial)
Dior, Christian - 1905-57. Estilista.

Nasceu em Granville, Normandia, França. Abandonou os estudos de ciências políticas para estudar música mas, em vez disso, ocupou seu tempo dirigindo uma galeria de arte e viajando até 1935, quando começou a ganhar a vida em Paris vendendo croquis de moda para jornais. Em 1938, foi trabalhar com Roberto PIGUET.

Passou para LELONG em 1942, onde trabalhou ao lado de Pierre BALMAIN até que o magnata do algodão, Marcel Boussac, ofereceu-lhe a oportunidade de abrir sua própria maison de alta-costura. A primeira coleção de Dior, em 1947, a princípio chamada LINHA COROLA, recebeu o apelido NEW LOOK. Os vestidos New Look tinham saias amplas que se abriam a partir de cinturas justíssimas e CORPETES armados com barbatanas. As saias eram mais compridas do que em anos anteriores, pregueadas, franzidas, drapejadas e nesgadas e costumavam ser forradas de tule para que se armassem. Os chapéus eram usados de lado, sendo freqüentemente acompanhados de uma gargantilha.

Na coleção de 1948, ENVOL, as saias faziam volume atrás, usadas com casquinhos com as costas folgadas, esvoaçantes e golas altas. No ano seguinte, Dior apresentou saias justas com uma prega atrás, vestidos de noite tomara-que-caia, corpetes e casaquinhos blusados.

Em 1950 as saias tornaram-se mais curtas e os casacos, grandes e folgados, alguns com GOLAS EM U. Nos sete anos seguintes Dior lançou sua versão do CHAPÉU CHINÊS, que era puxado sobre os olhos e adornado com laços, e a popular LINHA PRINCESA, que dava a ilusão da cintura alta devido a utilização de ombros arredondados em casaquinhos curtos e cintos colocados bem alto nas costas de mantôs e casaquinhos. O conjunto de três peças de 1952 - casaquinho CARDIGÃ, blusa simples usada para fora da saia e saia macia de crepe, em tons pastéis - influenciou a moda por muitos anos. Muitas se suas coleções apresentavam mangas três-quartos e ESTOLAS que permaneceram em moda durante toda a década de 50. Em 1953 encurtou as saias novamente para cinco centímetros abaixo do joelho e lançou-as com mantôs e casaquinhos em formato de barril, mais pesados na parte superior. Dior liderou a volta dos ternos masculinos em 1954, denominando sua coleção naquele ao LINHA H. Os chapéus ou tinham abas bem pequenas ou exageradamente largas. Fez um casaquinho branco de lenço de cambraia suavemente pregueado e blusado, com o decote bordado em contas brancas. A linha H era particularmente para a noite. Seguiram-se a LINHA A e a LINHA Y, em 1955, apresentando grandes golas em V e estolas gigantes. Muitas roupas de inspiração oriental entraram em moda naquele ano, inclusive a versão de Dior do CAFTÃ e do cheongsam.


Fonte: http://www.timelinefashion.de/bilder/1950s-4.gif

www.timelinefashion.de/designer/dior.htm

In Dior`s last collection, in 1957,

Obteve também sucesso considerável com um vestido de chifom de cintura alta e alças de rolotê e com um LONGO. A última coleção de Dior, em 1957, foi baseada na vareuse, um traje com a gola afastada do pescoço e cortado para cair solto até os quadris. Lançou também a sahariènne com bolos de abas abotoadas, uma vareuse com cinto, vestidos TÚNICA e um vestido CHEMISIER sem cinto, com a gola afastada do pescoço e BOLSOS CHAPADOS. Dior preferia o preto, o azul-marinho e o branco. Suas roupas eram complementadas com broches no decote, no ombro e na cintura. Fios de pérolas em volta do pescoço foram muito copiados desde que Dior os lançou na década de 50. A elegância indiscutível de suas linhas e estruturas esculpidas que influenciou a estética feminina e estilistas durante décadas."

"O ano era de 1947, e o mundo respirou fundo ao ver a primeira coleção de Dior, por ele denominada Linha Corola. O nome com que passou à história, porém, foi outro - New Look

Sob essa designação, estava o visual feminino do pós-guerra, com sua tentativa de esquecer os anos terríveis de destruição e privações.

O New Look exaltava a beleza e a feminilidade, em roupas de cintura fina - Dior era categórico ao afirmar que a cintura de suas modelos não deveria passar dos 43 centímetros - e saias bem abaixo dos joelhos, de rodas imensas, nas quais podiam ser consumidos até 30 metros de tecido, e que eram completadas por corpetes armados com barbatanas.

Apesar das muitas críticas a respeito do que se considerava então desperdício de matéria-prima, e de insinuações que se referiam ao fato de que algo muito parecido com o New Look havia sido lançado em 1938/39 nas coleções de Balenciaga, Balmain e Jacques Fath, o ‘novo estilo’ era tudo o que as mulheres pareciam desejar, depois dos uniformes que tantas delas haviam usado durante a 2ª Guerra Mundial.

Na verdade, o New Look nasceu na hora exata em que as mulheres queriam redescobrir a exibir sua feminilidade recém reconquistada. Assim, Dior tornou-se um tremendo sucesso, tanto nas roupas originais que saíam de seu ateliê de alta costura quanto nas cópias que se multiplicavam pelo mundo todo, a partir das fotos que revistas e jornais reproduziam sem parar.

Um ano depois do New Look, em 1948, a nova coleção Dior foi batizada como Envol, e trazia saias que faziam volume na parte de trás, usadas com casaquinhos com as costas folgadas e golas altas. Em 1949 foi a vez do lançamento da saia justa com uma prega atrás, e dos vestidos de noite tomara-que-caia, duas tendências que imediatamente caíram no gosto das mulheres. Dior firmava-se cada vez mais como sinônimo da mais refinada elegância.


Referência de Mobiliário
Bertoia
Bauhaus
Mesas palito

Sites e Bibliografia Recomendados

Sites recomendados:

http://almanaque.folha.uol.com.br/ilustrada20.htm
http://almanaque.folha.uol.com.br/pretinho.htm
http://almanaque.folha.uol.com.br/anos20.htm
http://almanaque.folha.uol.com.br/anos30.htm
http://almanaque.folha.uol.com.br/anos40.htm
http://almanaque.folha.uol.com.br/anos50.htm#http://almanaque.folha.uol.com.br/anos60.htm
http://www.designbrasil.org.br/portal/almanaque/enciclopedia_exibir.jhtml?idLayout=10&id=115
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/3267.pdf
http://www.unusualvillarentals.com/greece/greece.shtml
http://www.unusualvillarentals.com/ibiza/index.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustav_Klimt
http://pt.wikipedia.org/wiki/Simone_de_Beauvoir
http://ubista.ubi.pt/~comum/monteiro-gilson-roupas.htm
http://www.estilosamiracampos.com.br/flashback/fbk_0004.asp
http://www5.unip.br/servicos/aluno/suporte/nidem/artigos/moda_reconfig.asp
http://www.exames.org/apontamentos/Hst/historia-tema11.doc
http://www2.uol.com.br/modabrasil/museu/
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http://www2.uol.com.br/modabrasil/biblioteca/grandesnomes/alceu/index.htm#apresenta
http://www2.uol.com.br/modabrasil/biblioteca/grandesnomes/alceu/garotas.htm
http://www2.uol.com.br/modabrasil/biblioteca/grandesnomes/alceu/alcecro.htm
http://www2.uol.com.br/modabrasil/biblioteca/grandesnomes/alceu/galeria.htm
http://www2.uol.com.br/modabrasil/biblioteca/grandesnomes/
http://www2.uol.com.br/modabrasil/biblioteca/
http://www2.uol.com.br/modabrasil/forcas_moda/as_cores_moda_guerra/index.htm
http://www2.uol.com.br/modabrasil/ligalink/index.htm
http://memoriaviva.digi.com.br/ocruzeiro/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141996000300014
http://veja.abril.com.br/especiais/mulher_2003/p_090.html
http://www.terra.com.br/istoegente/100mulheres/mulheres/index.htm
http://christsantarelli.sites.uol.com.br/index.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u1577.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u286.shtml

COSTUMES - MODA
http://www.siue.edu/COSTUMES/COSTUME15_INDEX.HTML#Plate85
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT539203-1664,00.html
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT539203-1664-2,00.html
http://www.artesanatonarede.com.br/noticias/exibir.php?id=180
http://www.fashionteen.hpg.ig.com.br/historiadasdecadas.html
http://www.modapoint.com.br/materiaprima/repor/hmoda/h10/h10.html
http://www.facom.ufba.br/com112_2000_1/passadopresente/desde.htm
http://moda.uol.com.br/ultnot/2006/02/02/ult32u13268.jhtm
http://www.pitoresco.com.br/art_data/belle_epoque/index.htm


Bibliografia Recomendada:

BAYEUX, Glória; PERRONE, Paula. Cadeiras Brasileiras A evolução domobiliário Brasileiro através das cadeiras. Museu da Casa Brasileira. Giroflex. Bal’cos Gráfica e editora, São Paulo –SP, 1995.p.42-53.

BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo. São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1961
DUBY, Georges e PERROT, Michelle Org. História das Mulheres,Vol.1, 2, 3, 4, 5. Porto, Afrontamento, 1990.
GALLI, Vera. Cadeira – O mobiliário no Brasil. Giroflex. Editora Imprensa das letras. São Paulo,1999.
LAVER, James. A roupa e a moda. São Paulo. Cia das Letras. 1996.

LURIE, Alison. A linguagem das roupas. Rio de Janeiro, Rocco, 1997.
SANTOS, Maria Cecília Loschiavo dos; Celso Carrera. Do ecletismo às bases do estilo moderno. Revista Design e Interiores nº 35 –São Paulo, 1993.p.70-73.
SANTOS, Maria Cecília Loschiavo dos. Móvel Moderno no Brasil. São Paulo. Studio Nobel. FAPESP. Edusp, 1995.197p.
SANTOS, M. C. L. Móvel Moderno no Brasil. São Paulo: Studio Nobel, 1995

-SOUZA, Gilda de Mello e. O espírito das roupas: a moda no século XIX. São Paulo,Cia das Letras,1987.