domingo, 28 de outubro de 2007

MOSTRA - A Possibilidade de Encontro - Maio de 2006


A empresa Elementos Móveis e Objetos tem como objetivo oferecer a sociedade não apenas móveis e objetos mas fomentar a cultura, criação e o pensamento sobre a contemporaneidade. Nesse sentido foi proposto e montado a Mostra Mulher Moda e Mobiliário, que marca a possibilidade de encontro de idéias, história e principalmente de vida. Com a Curadoria da arquitetaSimone Borges e Sheila Brito esse trabalho foi possível e realizou para todos nós uma experiência do passado sempre presente.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

MOSTRA

Arquitetura, arte, moda e design participam do mesmo solo cultural que produziu movimentos estéticos ao longo do tempo. Para mostrar um pouco da singularidade desses acontecimentos e ao mesmo tempo as possibilidades de encontro estético entre eles, a Elementos Móveis e Objetos, com a curadoria de Simone Borges e Sheila Brito preparam uma exposição que identificou a inspiração e as tendências da arte, do design e da moda na primeira metade do século XX.

Assim, figuras como Sarah Bernhardt, Isadora Duncan, Coco Chanel, Greta Garbo, Sarah Kubtschek, Maria Callas e musicista goiana - Belkiss Spencieri (homenagem especial) nos proporcionam lições de glamour, concepções estéticas, imaginação e espírito de ousadia que marcaram definitivamente o século XX; tornando-se concepções duradouras e referências século XXI. Os ambientes foram pensados e montados partindo dessas concepções e referências.

AMBIENTES DA MOSTRA

SARAH BERNHARDT






ISADORA DUNCAN



COCO CHANEL


GRETA GARGO






MARIA CALLAS e DIOR


SARAH KUBITSCHEK

OBJETIVOS E REFERÊNCIAS

MOSTRA

Arquitetura, arte, moda e design participam do mesmo solo cultural que produziu movimentos estéticos ao longo do tempo. Para mostrar um pouco da singularidade desses acontecimentos e ao mesmo tempo as possibilidades de encontro estético entre eles, a Elementos Móveis e Objetos preparou uma exposição que identifica a inspiração e as tendências da arte, do design e da moda na primeira metade do século XX.

Com uma montagem feita década por década, a mostra homenageia mulheres que são referências de elegância e sofisticação, em ambientes que remetem ao estilo de mobiliário e decoração predominantes em cada época, a partir de uma leitura contemporânea.

Assim, figuras como Sarah Bernhardt, Isadora Duncan, Coco Chanel, Greta Garbo, Sarah Kubtschek, Maria Callas e musicista goiana - Belkiss Spencieri (homenagem especial) nos proporcionam lições de glamour, concepções estéticas, imaginação e espírito de ousadia que marcaram definitivamente o século XX; tornando-se concepções duradouras e referências século XXI.

PECULIARIDADES DA MOSTRA

· Quarto e espelho tríptico Art Nouveau – vindos de Barcelona.
· Móveis Art Déco autênticos – 1930.
· Chapéus importados da Europa – 1900 a 1955.
· Par de colunas estilo Renascença – vindos da Espanha
· Vestidos, Casacos e Tailler – 1900 a 1955
· Taillers de Sara Kubitschek – vindos da produção da minissérie JK.
· Casaco branco de raposa – década de 1950.
· Estola de raposa – 1930.
· Escultura Art Déco assinada – vinda da Alemanha.
· Fotos de nus de fotografo alemão da década de 30 – coleção rara.
· Colares de pérola – 1910 a 1930.
· Mesa de jantar Brasileira – Espólio de Pietro Maria Bardi.
· Mesa de jantar pé palito de caviúna com oito cadeiras – 1950
· Bar de Joaquim Tenreiro.

CURADORIA

Simone Borges
Arquiteta e urbanista com especialização em filosofia e estética, pela UCG, 1990. Realiza projetos e pesquisas ligados a interdisciplinaridade da arquitetura, urbanismo, estética, história e design. Completou quinze anos de exercício profissional, em seu escritório Simone Borges ARQUITETURA. É professora convidada do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UCG.


Sheila Brito
Com formação em Licenciatura em Artes Plásticas pela FAAP, 1998. Possui atuação em vários campos de trabalho relacionados às artes, design, pesquisa iconográfica, através de seu escritório de Design Gráfico. É professora no curso de Design de Moda da Universidade Salgado de Oliveira.


REFERÊNCIAS – MULHER – MODA - MOBILIÁRIO

1900 – 1910 - SARAH BERNHARDT

“Nasceu em Paris, França, a 22 ou 23 de Outubro de 1844; morreu em Paris, a 26 de Março de 1923. Em 1866, foi contratada pelo Teatro Ódeon, e com a competente companhia residente do teatro e muito trabalho começou a sua ascensão de atriz. A sua autuação encantou as audiências, devido sobretudo, ao lirismo da sua voz. Foi à razão da célebre frase de Victor Hugo, que afirmou que a atriz tinha uma «voz de oiro», caracterização que perdurou apesar dos críticos já descreverem a voz de Sarah Bernhardt como sendo prateada, devido à sua parecença com o tom de uma flauta.”
http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html

Referência da Moda - Paul Poiret
Referência de Mobiliário - Art Nouveau


1910 – 1920 - ISADORA DUNCAN

“Isadora Duncan (1877-1927) é um nome celebrado internacionalmente. Mas poucos sabem que ela foi uma “dançarina” revolucionária.
Ângela Isadora Duncan teve uma trajetória extremamente particular, tanto no campo profissional como no pessoal, apesar dos infortúnios, sua trajetória pessoal foi marcada por muitos êxitos. Sua dança modificou as concepções estéticas vigentes na época, dividindo opiniões. Para ela, sua arte era a expressão da vida, seus movimentos derivavam dos desejos de sua imaginação e de seu espírito, baseados em formas da natureza. “
http://www.conexaodanca.art.br/imagens/textos/artigos/Biografia%20de%20Isadora%20Duncan.htm

Referencia Moda - Jeanne Lanvin
Referencia de Mobiliário - Renascença Brasileiro


1920 – 1930 - COCO CHANEL

A vida social de transição do século 19 para o 20. Aliás, Chanel foi o maior exemplo dessa transição. Foi uma mulher de fases, mas sobretudo, uma visionária que antecipou idéias e estilos de comportamento do século 20.


Sua visão de moda ultrapassava as barreiras vigentes na época. Sempre teve preocupações de fazer ligações entre a publicidade (coisa nova na época) e o que propiciasse conforto.
Lançou seu famoso vestidinho preto, que se tornou peça básica e foi descrito pela "Vogue" americana, em 1926, como o Ford (carro famoso na época) da moda, notando o sucesso em que ele se transformaria durante décadas. Chanel confirmou seu êxito na Exposition des Arts Décoratifs, em Paris, no mesmo período.

http://almanaque.folha.uol.com.br/chanel_historia.htm

Referencia de Mobiliário – Bauhaus e Buddemeyer


1930- 1940 - GRETA GARGO -
(1905, Estocolmo -1990, Nova York )

”Greta Garbo, cujo nome verdadeiro era Greta Lovisa Gustafsson, era conhecida pelo epíteto de "A Divina" devido à beleza clássica de seu rosto e ao magnetismo que irradiava. Greta Garbo habituara-se a triunfar desde o seu primeiro filme, A Saga de Gösta Berling, rodado na Suécia e baseado numa novela de Selma Lagerlöf. Mauritz Stiller, diretor desse filme, foi quem a batizou então com seu nome artístico e a introduziu em Hollywood, onde, em 1926, assinou um contrato com a Metro-Goldwyn Mayer (Samuel Goldwyn). De sua filmografia destacam-se A Mulher Divina, 1928; Mata Hari, 1931; A Dama das Camélias, 1937; e Ninotchka, 1939. Em 1954, foi premiada com um Oscar pelo conjunto de sua carreira.”
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia.php?c=392

Referencia de Moda – Elsa Schiaparelli
Estilo de Mobiliário – Art Déco


1940 – 1950 - SARAH KUBITSCHEK

“Sarah Kubitschek foi casada com Juscelino Kubitschek durante 46 anos. Nascida em Belo Horizonte, filha do deputado Jayme Gomes de Souza Lemos e de dona Luizinha Negrão Lemos, casou-se em 31 de dezembro de 1930. A partir daí sua vida se confunde com a carreira política de seu ilustre marido, que ocupou vários cargos na administração pública: Chefe do gabinete civil do governo de Minas Gerais; deputado federal; prefeito de Belo Horizonte; novamente deputado federal; governador de Minas Gerais; Presidente da República e finalmente senador pelo Estado de Goiás. A brilhante carreira de JK levou-a a uma vida também de lutas e restrições. Dona Sarah é fundadora da Organização das Pioneiras Sociais, que realizou notável obra de assistencialismo em Minas, incluindo fundação de escolas, creches e distribuição de roupas, alimentos, cadeiras de rodas e aparelhos mecânicos para deficientes físicos.
http://www.memorialjk.com.br/sar/indexsarah.htm

Referencia de Moda – Cristóbal Balenciaga Esagari
Referencia estética – Modernismo Brasileiro


1950 –1960 - MARIA CALLASMaria Kalogheropulos,

conhecida por Maria Callas, (Nova York, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) extraordinário soprano, filha de um casal grego emigrado, que, embora vivendo com modéstia, não tinha grandes dificuldades econômicas, teve o seu berço em Nova Iorque, em 1923.
Possuía uma voz potente e moldável. As suas interpretações sempre arrastaram e encantaram as multidões. Impôs uma personalidade vocal e teatral que influenciou a sua geração. Abandonou o palco em 1965. Dos muitos papéis que interpretou no gênero lírico e dramático e de inúmeros compositores, destacam-se: "Norma", de Bellini; do mesmo autor "Os puritanos da Escócia", no papel de Elvira; representou o personagem de Violetta em "La Traviata", de Verdi; "Medeia", de Cherubini; "Tosca", de Puccini; "Lucia de Lammermore", de Donizetti.
Isolada, no seu apartamento de Paris, Maria Callas morreu em 1977, deixando perpetuado o eco de uma voz única, que soube transmitir, como nenhuma outra, toda a gama de emoções de que o ser humano é capaz.
http://www.lerparaver.com/cultura/fig_callas.html

Referencia de Moda – Christian Dior
Referência de Mobiliário – “Móveis Pé Palito anos 50”



HOMENAGEM ESPECIAL - musicista goiana - Belkiss Spencieri

CONVITE



Mídia - Jornal O Sucesso

Pesquisa - SARAH BERNHARDT


1900 – 1910

Fonte:http://www.arqnet.pt/portal/imagemsemanal/agosto0203.html


Fotografia de Nadar (1820-1910). A atriz estreou-se nos palcos franceses em 22 de Agosto de 1862.



"Nasceu em Paris, França, a 22 ou 23 de Outubro de 1844; morreu em Paris, a 26 de Março de 1923.

Em 1866, foi contratada pelo Teatro Ódeon, e com a competente companhia residente do teatro e muito trabalho começou a sua ascensão. O seu primeiro sucesso foi no papel de Anna Damby na peça Kean de Alexandre Dumas pai, mas a sua interpretação de Cordélia no Rei Lear, de Shakespeare, já tinha sido notada. Já conhecida como a atriz favorita dos estudantes parisienses, a sua interpretação, em 1869, do trovador Zanetto na peça em um ato e em verso de François Coppée Le Passant, o seu primeiro papel em travesti, teve um imenso sucesso, que a levou a uma representação privada para Napoleão III.

Durante a guerra franco-prussiana de 1870-1871 organizou um pequeno hospital militar nas instalações do teatro. Com o fim da guerra, a deposição de Napoleão III, e a proclamação da República, a actriz, mal vista pelos republicanos, devido às suas conhecidas relações e defesa de personagens do anterior regime, conseguiu o principal papel feminino, o da Rainha Maria, na peça de Victor Hugo Ruy Blas, que tinha acabado de chegar do exílio. A sua autuação encantou as audiências, devido, sobretudo ao lirismo da sua voz. Foi à razão da célebre frase de Victor Hugo, que afirmou que a actriz tinha uma «voz de oiro», caracterização que perdurou apesar dos críticos já descreverem a voz de Sarah Bernhardt como sendo prateada, devido à sua parecença com o tom de uma flauta.

Tendo começado a esculpir e a pintar, exibiu as suas obras de escultura de 1876 a 1881 no Salon de Paris, tendo-lhe sido atribuída uma menção honrosa no primeiro ano. Em 1880 exibiu também uma pintura.

Na década de 80 aparece na sua vida o dramaturgo Victorien Sardou, que escreve para a actriz Fédora (1882), Théodora (1884), La Tosca (1887) e Cléopâtre (1890), dirigindo-a nas suas próprias peças e levando-a a atuar de uma maneira extrovertida, em cenários exóticos e com guarda-roupas riquíssimos, no Teatro de La Porte Saint-Martin, de que a actriz se tinha tornado proprietária."
Fonte:http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html

www.usc.edu/.../comm544/ library/images/470.html
http://www.usc.edu/schools/annenberg/asc/projects/comm544/library/images/470.html

http://www.sarah-bernhardt.com/
http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html
http://www.getty.edu/art/gettyguide/artObjectDetails?artobj=45995

Pesquisa - MODA PAUL POIRET

1900 – 1910




Fonte: http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/poiret.htm

"Entre os grandes estilistas do século 20, o parisiense Paul Poiret ocupa, inegavelmente, um lugar muito especial. Filho de um comerciante de tecidos foi, no entanto no ateliê de um fabricante de guarda-chuvas que ele deu os primeiros passos no terreno da moda. Desenhando esboços de roupas femininas nas horas vagas, Poiret acabou por vender alguns deles a Madeleine Cheruit, quando ela ainda estava na Maison Raudnitz Soeurs.

Em 1896, afinal, ele começou a trabalhar diretamente com alta costura, no salão de Jacques Doucet, um dos costureiros mais famosos do final do século 19, respeitado pela qualidade dos tecidos que utilizava em suas criações, e pelo seu esmerado acabamento. Quatro anos mais tarde, passou para o ateliê de Charles Worth, então considerado o maior nome da moda de Paris. Em 1904, finalmente, Paul Poiret abria sua própria maison, tendo como seu padrinho o amigo Doucet, que enviou a ele uma cliente famosa, a atriz Réjane, para um começo auspicioso.

A partir daí, Poiret começou sua escalada ao topo da vida parisiense, como estilista e como um de seus principais personagens. Como estilista, ele logo percebeu que as mulheres estavam cansadas de viver apertadas por cruéis espartilhos, que lhes davam, a custa de verdadeiros sofrimentos físicos, uma forma ideal, mas irreal, e passou a propor uma moda de roupas mais soltas, que envolviam o corpo em vez de asfixiá-lo.

Como personagem, Poiret tinha uma visão lúcida da sociedade em que vivia: a cidade de Paris jamais conhecera tanta animação, a vida social era pautada por celebrações monumentais, que moviam a nobreza e os artistas da época para festas que disputavam entre si o prêmio de maior riqueza e exuberância. Como estilista, ele coloria a moda, até então de tons soturnos e tristes, com uma verdadeira orgia de verdes, vermelhos e azuis - “Joguei alguns lobos entre os cordeiros”, ele costumava dizer, ao comentar sua inovação. Como personagem, Poiret criava sua própria agenda de festas, onde o maior brilho ficava por conta das roupas que as convidadas usavam.

Na verdade, na época, quem não vestisse um autêntico Poiret parecia irremediavelmente fora de moda - e então seu ateliê era o endereço certo para encontrar todas as mulheres mais elegantes da Europa, sem contar as ricas norte-americanas que iam passar o verão em Deauville, no norte da França, ou na Côte d’Azur, ao sul. A bailarina Isadora Duncan era uma das presenças mais constantes, em busca de trajes que comportassem toda a liberdade da dança com que surpreendia o mundo. Se as roupas que Poiret criava eram de estilo simples, solto, sem ornamentos em excesso, exatamente o posto do que se usara até então, suas festas eram um exagero de luxo.

A mais famosa delas aconteceu no dia 24 de junho de 1911, nos jardins de sua casa - quase um palácio - no Faubourg Saint Honoré. Amigo dos principais artistas e intelectuais da época, Poiret enviou a 300 felizardos um convite desenhado pelo artista plástico Raoul Dufy, que trabalhava com ele no desenvolvimento de técnicas de tingimento e estamparia em cores, que tinha o texto de ninguém menos do que o poeta, dramaturgo e ilustrador Jean Cocteau. Lia-se no convite: “Nesta noite não haverá nuvens no céu, e nada do que existe existirá. Haverá brilhos e perfumes e flautas e címbalos e tambores”. Para terminar, a afirmação nada modesta: “Será a mil e duas noites...” Se as promessas eram muitas, a realidade não desapontou ninguém.

Segundo o relato do próprio Poiret, os convidados chegavam a um salão onde um negro, envolto em sedas, com um archote e um punhal nas mãos, os agrupava e os conduzia até o anfitrião, através de um pátio de saibros, coberto por tecidos azuis e dourados, com fontes de porcelana. Subindo alguns degraus, chegava-se a uma enorme jaula também dourada, onde estava a mulher de Poiret, rodeada por outras mulheres que cantavam músicas persas, todas em um cenário com espelhos, aquários, chifons e plumas. Tapetes preciosos cobriam as escadarias, abafando o ruído dos passos. Nos jardins, as árvores ostentavam ‘frutos’ brilhantes, e araras, macacos e papagaios vivos davam o toque final. Ao fundo, como um sultão, estava Poiret, com um chicote de prata nas mãos.

Depois que todos os convidados haviam chegado, ele se dirigiu à jaula onde estava sua mulher, ‘libertou-a’, e todos se dirigiram ao bar, onde cem jarros de cristal continham as bebidas da noite, que se completou com uma arrebatadora chuva de fogos de artifício sobre a casa de Poiret. Sua glória, a partir daí, rompeu as barreiras da França.

De todo o mundo chegavam encomendas de toaletes para festas que procuravam seguir o ‘padrão Poiret’. Um padrão, na verdade, insuperável, que no verão de 1912 criou mais uma festa inesquecível, desta vez em homenagem a Isadora Duncan.

Realizada em um ponto de encontro para caçadas do rei Luis XV, o pavilhão de Butard, que Poiret acabara de comprar, junto com a floresta de Saint Germain, a noitada recebia convidados caracterizados de acordo com a corte que reinara no local. Todos eram recepcionados por mulheres transformadas em ninfas veladas de branco, portadoras de archotes, que eram levados até Poiret, vestido de ouro e marfim, como uma estátua de Júpiter. Vinte maîtres entregavam aos presentes coroas e guirlandas de flores, iguais às que enfeitavam as mesas, onde havia cascatas de melancias, romãs e abacaxis. Em meio às árvores, iluminadas por refletores escondidos, uma orquestra de 40 músicos tocava música clássica da melhor qualidade.

A influência de Poiret era total. Ao mesmo tempo em que lançava turbantes e calças de odalisca, inspiradas na moda do oriente que ganhava adeptos a partir dos espetáculos de dança do russo Sergei Diaghilev, criava objetos para decoração, desenhados por jovens que Poiret recrutava nas fábricas dos bairros de Paris e às quais ensinava a arte do esboço e da estamparia - assim nasceu a famosa École Martine. Pela mesma época, ele lançou uma série de perfumes com nomes como Ah, Noite da China, Fruto Proibido, Flor Estranha, para os quais René Lalique desenhava os frascos, e também encomendou a ilustradores que se tornariam famosos, como Paul Iribe e Georges Lepape, álbuns com suas criações

Em 1912, depois de ter criado a saia entravada, mais justa no tornozelo, e a saia abajur, cuja bainha era feita com arame, para formar um círculo em torno do corpo, Poiret excursionou pela Europa e, no ano seguinte, pelos Estados Unidos, com um grupo de modelos, o que não era hábito entre os estilistas. Em 1914, pouco antes do começo da 1ª Guerra Mundial, ajudou a fundar o Sindicato de Defesa da Alta Costura Francesa e, com a guerra, fechou seu salão para alistar-se no exército francês, só voltando às suas atividades com o fim do conflito.

Mas, então, a simplicidade das linhas de suas roupas havia sido abandonada pela maioria das casas de alta costura, que agora tinham no comando jovens mulheres como Jeanne Lanvin e Madame Vionnet. Suas festas continuaram - só que agora eram pagas - e ele ainda era o personagem mais célebre de Paris. Assim Poiret entrou pela década de 20, presente a todos os acontecimentos sociais importantes da cidade - em um baile, chegou vestido de Nabucodonosor, em um carro puxado por cem jovens nuas.

O mundo, porém, mudara, as mulheres descobriam outras atividades, além de participar de festas: elas praticavam esportes, trabalhavam. As roupas criadas por Poiret não tinham mais lugar numa época em que a pressa passava a ser uma constante. Assim, aos 50 anos, ele encerrou seu reinado, cedendo espaço ao novo estilo implantado por Coco Chanel e sua ‘moda pobre’, na definição de Poiret. Mas dele ficaram, para sempre, as provas de um talento único, que soube unir moda e arte, captando como ninguém a essência dos sonhos de sua época."

Fonte:http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/poiret.htm

http://www.metmuseum.org/special/poiret/king_of_fashion_images.asp

Pesquisa - RENÉ LALIQUE, (JULES)

1900 – 1910


"Joalheiro e vidreiro. Nascido em Ay, Marne, França. De 1876 a 1881, estudou desenho em Paris. Trabalhou como ouvires e passou vários anos em Londres, antes de retornar a Paris. Após um período como desenhista free-lance especializado em jóias, tecidos e leques, Lalique abriu em 1885 sua própria companhia, criando e fabricando jóias que vendia à Boucheron, à CARTIER e outras joalherias francesas. Em 1891, Lalique desenhou jóias para ser usadas no palco pela atriz Sarah Bernhardt. Na Exposição de Paris de 1900, obteve sucesso considerável com suas jóias ART NOVEAU. Por volta de 1895, o estilo diferente e sinuoso de Lalique em geral misturava formas humanas a motivos orgânicos e simbólicos. Famoso tanto por seu trabalho em vidro quanto por suas jóias, Lalique foi um artesão fecundo, executando desenhos extraordinários em materiais nobres."

Fonte: http://www.modasite.com.br/modasite/contents.jsp?page=glossary&section=L


"René Lalique contribuiu significativamente para o movimento Art Nouveau, que floresceu através da Europa e nos Estados Unidos, entre 1890 e 1910 e cujas principais características ornamentais são as linhas ondulantes e assimétricas, que geralmente tomam a forma de flores e botões, galhos, asas de insetos e outros delicados elementos da natureza. Linhas que ora são elegantes e graciosas, ora impõem ritmos dinâmicos, criando uma fusão entre a estrutura e o ornamento.

Criou para Sarah Bernhardt, (acima, exemplo de broche em ouro e pedras ) grande atriz teatral da época, jóias e objetos personalizados, que bem retratam o lado delicado e glamouroso do universo feminino deste período, na efervescente e multicultural Paris: a cidade luz. Isso fez dele, entre outras coisas, o designer mais cobiçado pelas suas inusitadas e ultra modernas propostas.Antes mesmo dessa arte se denominar design."

Fonte:
http://www.officinadopensamento.com.br/arquivos/visuais/artigos/rene_lalique_paula_valeria.htm

Pesquisa - ART NOVEAU

1900 – 1910

Impression à la planche sur coton, style Art NouveauAngleterre 1900
Fonte:http://www.musee-impression.com/sud/artnouveauZoom.html

"Estilo artístico desenvolvido na Europa a partir do final do século XIX.


O estilo Art Nouveau é caracterizado pela sua ruptura com as tradições que até então persistiam excessivamente na arte e na arquitetura. Tratou-se de um estilo novo voltado para a originalidade da forma, de modo que era destituído de quaisquer preocupações ideológicas e independente de quaisquer tradições estéticas.

Pretendendo-se como nova arte, o estilo procura ainda rejeitar as formas meramente funcionais envolvidas em todos os objetos decorativos provenientes da produção em massa e adere às formas sinuosas, curvilíneas.

Portanto tal estilo teve principal influência sobre a arte decorativa do início do século e ainda sobre a arte arquitetônica, na qual grandes nomes da arquitetura moderna se utilizaram deste estilo, como por exemplo o arquiteto espanhol Gaudi.

Também na pintura, o estilo esteve relativamente presente nas obras de personalidades artísticas como Vasili Kandinsky e Franz Marc. O estilo teve seu período de sucesso entre as duas últimas décadas do século XIX e as duas primeiras do século XX, em que é substituído paulatinamente pelo estilo Art Deco e definitivamente abandonado por ser considerado um estilo já ultrapassado.


Art Nouveau (arquitetura)

Também conhecido como estilo 1900 ou o estilo Liberty, o Art Nouveau se apresenta como tendência arquitetônica inovadora do fim do século XIX; um estilo floreado, onde se destacam a linha curva e as formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes, labaredas e outros elementos.

O movimento teve início na Inglaterra em 1880 com William Morris (1834 - 1896) e Arthur Heygate Mackmurdo (1852 - 1942), artistas que atuavam na produção tipográfica e de têxteis. Nessa época acreditava-se que o século XIX demonstrava pouca ou nenhuma importância estética.Tentando reverter esse panorama, Morris, pintor, poeta e artesão, clamava por uma unificação de todas as artes com o propósito de mudar a estética vigente que era a simples reprodução dos estilos do passado. Os ideais de Morris influenciaram aquela geração de artistas e arquitetos a enfatizarem o propósito social do desenho, na tentativa de integrar a arte à vida cotidiana.

Dez anos mais tarde, o estilo tem sua estréia na Arquitetura, com Victor Horta (1861 - 1947) e seu projeto para a residência Tassel (1892 / 93) em Bruxelas; apresentando como características, além do uso de elementos orgânicos, as aberturas com formas irregulares, a exploração de elementos de textura e cor nos revestimentos, o uso de ferro fundido e vidro, o desenvolvimento de novos materiais e novas formas de expressão apropriadas.
O Art Nouveau pode ser interpretado como um movimento burguês de cunho revolucionário, na medida que afronta a máquina (Revolução Industrial) e sugere a renovação do contato com a natureza, pregando o uso da ferramenta de trabalho como prolongamento do corpo do artista (A arte contra a técnica)."
Fonte: Enciclopédia Digital Master.

http://www.pitoresco.com.br/art_data/art_nouveau/index.htm

Consultar:
http://www.lexemplaire.ch/b.html
http://www.designerhistory.com/historyofashion/art12.html

Pesquisa - ISADORA DUNCAN


1910 – 1920


http://www.nndb.com/people/103/000030013/isadora-duncan-head.jpg

"Isadora Duncan (1877-1927) é um nome celebrado internacionalmente. Mas poucos sabem que ela foi uma dançarina revolucionária.

Ângela Isadora Duncan teve uma trajetória extremamente particular, tanto no campo profissional como no pessoal. Nascida "sob a estrela de Afrodite", segundo ela mesma dizia, em 26 de maio de 1877, em São Francisco, EUA, sua vida pode ser comparada em diversos momentos às tragédias dos gregos que tanto lhe inspiravam, não só por seu sucesso, mas também pelos muitos infortúnios que pontuaram sua existência.

Apesar dos infortúnios, sua trajetória pessoal foi marcada por muitos êxitos. Sua dança modificou as concepções estéticas vigentes na época, dividindo opiniões. Ainda que fosse considerada uma dançarina genial, Isadora afirmou, pouco antes de morrer, que jamais dançara um só passo em toda sua existência. Para ela, sua arte era a expressão da vida, seus movimentos derivavam dos desejos de sua imaginação e de seu espírito, baseados em formas da natureza. Sua maneira libertária de lidar com o mundo e a personalidade ímpar lhe renderam relacionamentos com homens notáveis, como o designer Gordon Craig, o herdeiro do império das máquinas de costura Paris Singer e o poeta russo Sergei Esenin. Seu círculo de amizades, por sua vez, incluía nomes como Auguste Rodin, Jean Cocteau e Preston Sturges, entre outros."

Fonte:http://www.conexaodanca.art.br/imagens/textos/artigos/Biografia%20de%20Isadora%20Duncan.htm

http://www.she.com.br/secoes/ver.asp?id_mat=521&id_secao_mat=11-1&id=11

Pesquisa - MODA JEANNE LANVIN

1910 – 1920


Fonte: www.elegant-lifestyle.com/fashion_books.htm


Fonte:http://www.prodimarques.com/sagas_marques/lanvin/lanvin.php


"Jeanne Lanvin foi uma das estilistas mais influentes do século 20, com criações que marcaram definitivamente suas primeiras décadas. Nascida na região da Bretanha francesa foi aprendiz de costureira e, mais tarde, chapeleira, profissão com a qual iniciou sua carreira em Paris, em 1890.

Em 1910, o orientalismo, que exercia grande influência em toda a Europa, fez com que Jeanne Lanvin passasse a apresentar roupas bastante exóticas, feitas em tecidos preciosos como veludos e cetins. Às vésperas da 1ª Guerra Mundial, ela criou os chamados robes de style, com cintura marcada e saias fartamente rodadas, que estiveram em moda, com pequenas modificações, até o início dos anos 20.

Seus vestidos tinham sempre uma concepção romântica e uma severidade muitas vezes atenuada por babados. Tudo o que ela criava transformava-se em sucesso: assim foi com seus vestidos chemisiers, com um bolero inspirado nos costumes bretões, vestidos com miçangas, especiais para dançar, vestidos esportivos de jérsei de lã xadreza com fios dourados e prateados, além de pijamas para festas. O uso freqüente de um determinado tom de azul fez com que ficasse conhecido como ‘o azul Lanvin’."
Fonte:
http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/lanvin.htm

"Jeanne Lanvin, - 1867-1946. Estilista. Nascida na Bretanha, França. Foi aprendiz de costureira e, depois, de chapeleira. Em 1890, abriu uma chapelaria em Paris. Nos primeiros anos do século XX, as roupas que fazia para sua irmã mais nova e, depois, para sua filhinha atraíam tanta atenção das clientes que Jeanne criou cópias e lançou linhas novas, vendendo-as em sua loja. Durante os anos seguintes, os pedidos de mulheres jovens persuadiram-na a abrir uma casa de alta-costura que oferecesse trajes de mãe e filha combinando. Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, criou seus famosos robes de style, baseados em modelos setecentistas. Esses vestidos de cintura marcada e saias rodadas permaneceram em moda até o início da década de 20, sofrendo apenas pequenos ajustes. Desenhou também vestidos românticos, inspirados em formas vitorianas suavizadas e generosamente adornado com bordados. Por volta de 1910, sob a influência de orientalismo, Jeanne passou a criar roupas de noite exóticas, de veludo e cetins, em estilo oriental. No início da Primeira Guerra Mundial, fez um vestido CHEMISIER simples que, mais tarde, tornou-se a silhueta básica dos anos 20. Suas roupas do pós-guerra obedeciam ao espírito da época. Em 1921, sua coleção "Riviera" lançou bordados astecas. No ano seguinte, o costume bretão de Lanvin apresentava um bolero, com PASSAMANARIA, inúmeros botõezinhos e uma gola grande de organdi que caía sobre um laço de cetim vermelho. Um gorro de marinheiro ou um chapéu de palha redondo completavam o traje. Confeccionava também vestidos com miçangas para dançar; vestidos esportivos de jérsei de lã com padrão XADREZ de fios dourados e prateados; PIJAMAS de festa; e CAPINHAS. Seu trabalho era facilmente identificável pelo hábil uso do bordado e pelo fino acabamento. Ela utilizava com tanta freqüência determinado tom de azul que este passou a ser denominado "azul Lanvin".
Fonte:
http://www.modasite.com.br/modasite/contents.jsp?page=glossary&section=L

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Pesquisa - COCO CHANEL

1920 – 1930

Fonte: http://www.npr.org/programs/morning/features/2005/may/chanel/chanelmanray200.jpg

"A vida social de transição do século 19 para o 20. Aliás, Chanel foi o maior exemplo dessa transição. Foi uma mulher de fases, mas sobretudo uma visionária que antecipou idéias e estilos de comportamento do século 20.
Chanel (ou Coco Chanel, como ficou conhecida após ter sido apelidada por seu pai e quando se apresentava num cabaré onde cantava a música intitulada "Quem Viu Coco") tornou-se, então, ícone de expressão do estilo único e universal da moda nesse século. Sua visão de moda ultrapassava as barreiras vigentes na época. Sempre teve preocupações de fazer ligações entre a publicidade (coisa nova na época) e o que propiciasse conforto.

Nascida na cidade de Saumur, no interior da França do século 19 (mais precisamente em 19 de agosto de 1883), Chanel conseguiu fazer de tudo um pouco.

Chanel, muito antes do lançamento de "O Segundo Sexo", a bíblia feminista de Simone de Beauvoir, antecipou a liberação da mulher com sua moda simples, mas de alfaiataria bem cortada e elegante. Chanel tornou-se "um exemplo da nova mulher", escreve Wallach, "vivia abertamente com um homem que amava, sem ser casada, e tinha independência financeira como empresária de sucesso".

Lançou seu famoso vestidinho preto, que se tornou peça básica e foi descrito pela "Vogue" americana, em 1926, como o Ford (carro famoso na época) da moda, notando o sucesso em que ele se transformaria durante décadas. Chanel confirmou seu êxito na Exposition des Arts Décoratifs, em Paris, no mesmo período.

O escritor Victor Margueritte, no seu escandaloso romance "La Garçonne" (de 1922), delineou essa mulher moderna como "uma jovem com modos de menino, cabelo cortado curto, corpo magro e reto, roupas simples, tendência para ser independente e um ar quase arrogante".

Pronto. Estava fundamentado a ligação da obra com o que Chanel fazia: o livro passa a impressão de ter tido Chanel como seu modelo inspirador. George Bernard Shaw a definia como "a maravilha da moda mundial".
Outros setores marcados pela forte e marcante presença de Chanel foram os das artes cênicas, da dança e da literatura. Chanel estabeleceu (ou melhor, cultivou) amizades estratégicas com personalidades que frequentavam seu famoso ateliê na Rua Cambon, em Paris. Os pintores Pablo Picasso e Salvador Dalí, o escritor Jean Cocteau, os poetas Claude Debussy e Pierre Reverdy, os bailarinos Nijinsky e Serge Lifar, o compositor Igor Stravinsky e Sergei Diaghilev foram algumas das personalidades que associaram o nome de Chanel ao momento modernista, vivenciado nas primeiras décadas do século 20. Para Wallach, "sua arte minimalista em relação à moda que criava não estava muito longe das idéias da arte abstrata".Desenhou os figurinos da peça "Antígona" (de Sófocles), "Édipo Rei" e "Os Cavaleiros da Távola Redonda", todas adaptadas por Jean Cocteau; da ópera-balé "Le Train Bleu", para a Ballets Russes, de Diaghilev.Para o cinema, fez o figurino de divas como Ina Claire (em "Cortesãs Modernas"), Gloria Swanson (em "Tonight or Never") e Greta Garbo. O cineasta Jean Renoir também teve o talento de Chanel no figurino de seu filme, "A Regra do Jogo". E também com Salvador Dalí, no Ballet Bacchanales.[1]
[1] Tarcísio D'Almeida é conselheiro editorial da Sociedade Brasileira de Estudos em Moda. Entre seus trabalhos estão, estudos para a USP (Universidade de São Paulo) sobre semiótica da moda, contribuições para os jornais Folha de S.Paulo, "Jornal da Tarde", "O Globo" e "Valor Econômico" e a revista "Vogue"."
Fonte:
http://almanaque.folha.uol.com.br/moda_21jan2000.htm
"Chanel libertou a mulher das faixas e cintas, dos corpetes apertados, das saias amplas de múltiplos babados e franzidos do fim do século 19 e começo do século 20.Em 1916, ela introduziu na alta-costura o jérsei de malha, os trajes de tecidos xadrez e a moda escocesa, com blusas de malha fina, as calças boca-de-sino, as jaquetas curtas e os casacos cruzados na frente e acinturados em estilo militar.Para a noite, Chanel criou vestidos em negro metálico, vermelho escarlate ou bege. Laços e paetês eram os únicos enfeites e não impediam que as mulheres se movimentassem com rapidez, ágeis como pedia a estética de um século onde tudo se tornava automatizado."
Fonte:
http://almanaque.folha.uol.com.br/chanel_historia.htm
"Sem qualquer preconceito, Chanel adotou o suéter masculino usado sobre saias lisas e retas e, em 1920, deu um de seus golpes mais ousados, lançando calças masculinas para mulheres, inspiradas nas calças de boca larga usadas por marinheiros.
Suas inovações, de fato, retocaram toda a silhueta feminina. O novo comprimento de suas saias mostrou os tornozelos das mulheres, cujos pés passaram a contar com sapatos confortáveis de bicos arredondados. Pérolas em especial, e bijuterias em geral, ganharam lugar de destaque entre os acessórios, cachecóis enrolaram-se com classe nos pescoços das mulheres e seu corte de cabelo tornou-se simétrico, reto, mostrando a nuca - o eterno corte Chanel.
Também eternos tornaram-se o “pretinho”, vestido reto."
Fonte:
http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/chanel.htm
Frases de Chanel

"Sou contra uma moda que não dure. É o meu lado masculino. Não consigo imaginar que se jogue uma roupa fora, só porque é primavera."

"Uma mulher vestida de claro raramente fica de mau-humor.""A natureza nos dá o rosto dos 20 anos. A vida modela o dos 30. Mas temos que merecer o rosto dos 50.""Aos 50 anos a mulher é responsável por seu rosto. Ninguém é jovem aos 50. Costumo dizer aos homens: acham que ficam mais bonitos carecas?"

"Sou a última do meu gênero. Não terei sucessores. Espero apenas que o meu exemplo não seja esquecido muito depressa".

"A roupa deve ser, antes de tudo, cômoda e prática. É a roupa que deve adaptar-se ao corpo e não o corpo que deve deformar-se para adaptar-se à roupa".

"A moda, como a arquitetura, é uma questão de proporções"."As roupas velhas são como velhos amigos. Nós os conservamos. Gosto de roupas como gosto de livros: para pegar, mexer nelas."

"Os homens que querem se fazer notar pelas roupas são uns cretinos. As mulheres podem sobreviver a quase todas as formas de ridículo; um homem ridículo está perdido, a menos que seja gênio."

Fonte: http://www.revistainteratual.com.br/moda_chanel.php

Pesquisa - GRETA GARGO

1930-1940





"Biografia

18-9-1905, Estocolmo
15-4-1990, Nova York
Greta Garbo, cujo nome verdadeiro era Greta Lovisa Gustafsson, era conhecida pelo epíteto de "A Divina" devido à beleza clássica de seu rosto e ao magnetismo que irradiava. A partir de 1941, Greta Garbo retirou-se e não voltou a aparecer em filmes. Uma das razões para esse isolamento pode ter sido o fracasso de seu último filme, Duas Vezes Meu (1941). Greta Garbo habituara-se a triunfar desde o seu primeiro filme, A Saga de Gösta Berling, rodado na Suécia e baseado numa novela de Selma Lagerlöf. Mauritz Stiller, diretor desse filme, foi quem a batizou então com seu nome artístico e a introduziu em Hollywood, onde, em 1926, assinou um contrato com a Metro-Goldwyn Mayer (Samuel Goldwyn). De sua filmografia destacam-se A Mulher Divina, 1928; Mata Hari, 1931; A Dama das Camélias, 1937; e Ninotchka, 1939. Em 1954, foi premiada com um Oscar pelo conjunto de sua carreira."
Fonte: http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia.php?c=392




A Dama das Camélias
Fonte:http://www.openmusic.ru/articles-respond-film-enciclo/0013-greta_garbo/0013-greta_garbo_01.jpg

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Pesquisa - MODA ELSA SCHIAPARELLI

Moda 1930 1940
ELSA SCHIAPARELLI -1890/1973
"Para muitas pessoas, ela é simplesmente a estilista que lançou e implantou a cor rosa choque. Para quem gosta de cinema, ela é a avó da bela e elegante atriz Marisa Berenson. Mas Elsa Schiaparelli, nascida em Roma, na Itália, foi na verdade muito mais do que isso - ela foi um dos marcos da moda do século 20.
Ela estudou filosofia e, já casada, mudou-se para Boston, nos Estados Unidos. Depois de uma temporada em Nova York, finalmente Elsa Schiaparelli chegou a Paris - o ano era o de 1920, e Paris era o centro do mundo.
Escultora e pintora, ela logo foi incentivada por Paul Poiret, um dos gênios da alta costura, a dedicar-se à moda. Uma de suas primeiras criações foi um suéter preto tricotado, com detalhe imitando um laço branco, conseguindo um efeito conhecido como trompel’oeil, ou uma falsa impressão, que se transformou num sucesso de vendas.
Em 1928, ela abriu uma loja que levou o nome de Pour le Sport, mas foi em 1929 que surgiu seu primeiro salão. Irreverente, extravagante, ousada, Elsa Schiaparelli logo fazia parte de um dos mais notáveis círculos de artistas da época, do qual participavam o pintor Salvador Dali, o escritor e cenógrafo Jean Cocteau, o ilustrador Christian Bérard e o designer de jóias Jean Schulemberger. E todos eles acabariam por participar da obra de Schiaparelli de uma forma decisiva, fazendo com que, em seu trabalho, moda e arte se fundissem.
Seu estilo elegante e sofisticado resultava em roupas às vezes muito excêntricas, mas que atraíam uma grande clientela. Não era para menos. Seus vestidos podiam ter estampas criadas por Dali - um deles, em seda branca, tinha seu charme nas borboletas multicoloridas desenhadas pelo mestre do surrealismo. Os botões que usava podiam levar a assinatura de Cocteau, e eram sempre muito mais do que simples botões - em 1938, botões em forma de acrobatas mergulhavam nas casas de uma jaqueta estampada com cavalinhos de carrossel.
Schiaparelli foi das primeiras estilistas a utilizar material plástico, uma novidade para a época, e criou com eles bijuterias, assim como também foi a pioneira a fechar roupas com zíperes, chegando a tingi-los na cor dos tecidos, e deixando-os aparentes. Suas roupas surpreendiam não só pela elegância e acabamento perfeito, mas pelos motivos inusitados que escolhia como detalhes - pautas musicais bordadas em vestidos de baile, e cuja fivela do cinto era uma caixa de música, sóis, estrelas e luas aplicadas em uma jaqueta, notícias de jornal impressas em lenços e écharpes.

Um dos muitos chapéus exóticos que Schiaparelli criou ficou célebre: em parceria com Dali, ela inverteu a posição de um sapato e colocou-o na cabeça das mulheres. As bolsas não eram menos divertidas, pois se acendiam e tocavam música.
Seu uso de cores era único, e foi uma cor que ficou famosa justamente por causa dela - um certo rosa, que seu amigo Christian Bérard costumava usar em suas ilustrações, ganhou sua preferência e um nome eterno: rosa choque.
Elsa Schiaparelli teve entre seus assistentes os estilistas Pierre Cardin e Hubert de Givenchy, e foi inovadora também na área comercial de seu negócio, ao licenciar seu nome como marca, depois de criar óculos e sapatos para produção industrial.
Durante a 2ª Guerra Mundial, a estilista voltou aos Estados Unidos, onde fez muitas palestras, e chegou a abrir uma filial de seu salão em Nova York. Mas foi em Paris, em 1954, que ela realizaria seu último desfile."
Fonte:
http://informefashionbrasil.terra.com.br/arquivos/schiaparelli.htm
"ELSA SCHIAPARELLI nasceu em Roma, na Itália, em 1890. Neta do famoso astrônomo, que descobriu os canais do planeta Marte, Giovanni Schiaparelli, sua família possuía uma boa situação financeira, o que permitiu que ela fosse estudar na Suíça e em Londres, onde conheceu aquele que veio a ser seu marido, o filósofo e jogador, Willy de Kerlor, em 1913.

O casal se mudou para Nova York, nos EUA, país onde nasceu sua filha Gogo, que viria mais tarde a lhe dar uma neta, a atriz Marisa Berenson. Seu casamento não durou muito tempo e Schiaparelli, com uma filha pequena para cuidar, não conseguiu sobreviver sozinha na América e voltou para a França, em 1922.
Nessa época, ela desenhava e já começava a vender seus primeiros tricôs. Encorajada pelo estilista e amigo Paul Poiret, Schiap abriu sua primeira butique em 1927, e, em 1929, apresentou sua primeira coleção, que foi um verdadeiro sucesso.
Elsa Schiaparelli sempre esteve ligada aos artistas de sua época. Era amiga de muitos, como Marcel Duchamp, Picabia, Man Ray, Stieglitz, Jean Cocteau, Christian Bérard e Salvador Dalí. Ela acreditava que a moda não podia estar desvinculada da evolução das artes plásticas contemporâneas, sobretudo a pintura.
Com o seu progressivo sucesso, Schiaparelli se tornou a maior rival da famosa estilista Coco Chanel. Seus estilos eram totalmente opostos: enquanto Chanel criava roupas funcionais para a mulher moderna, Shiap fazia modelos surrealistas, exóticos.

Schiaparelli e Salvador Dalí chegaram a trabalhar muitas vezes juntos, o que resultou em várias criações bastante particulares, como o famoso chapéu em forma de sapato, a bolsa-telefone, o tailleur-escrivaninha com bolsos em forma de gaveta, o vestido de seda pintado com moscas, entre outros. Foi no surrealismo que ela encontrou a sua fonte básica de inspiração.
Todas as coleções lançadas por Schiaparelli se inspiravam em fantasia e partiam de um ou dois temas dominantes. Uma de suas preferidas era a coleção de circo, com cavalos, elefantes ou acrobatas no trapézio, bordados em muitas peças, como os boleros, com botões de cabeça de palhaço e o chapéu em forma de sorvete.

Sempre utilizando bordados e cores fortes, Elsa criou a coleção de astrologia, na qual se destacava uma luxuosa capa com enormes signos do zodíaco bordados em ouro, assim como o motivo "Phoebus", um sol radiante sobre um tecido rosa-choque. Ela passeou por muitos outros temas em suas coleções, como a música, o fundo do mar e a "Commedia dell'Arte", na qual também apareciam as capas, desta vez com losangos de veludo.Além de suas criações sempre impactantes, ela inovou nos materiais utilizados em suas roupas, como o zíper, o crepe de seda e o celofane. Todos esses novos materiais, como a fibra sintética, possibilitaram que Elsa executasse todos os seus sonhos surrealistas.
Schiap buscava o efeito teatral através das cores vivas, não muito usadas naquela época. Ela conseguiu criar um tom de rosa tão forte, que chegava a ser dramático. Ela o batizou de "shocking", o seu rosa-choque. A cor foi usada por ela em muitas criações, desde chapéus até longas capas bordadas. "Shocking" também foi o nome dado àquele que viria a ser o seu perfume mais conhecido, lançado em 1938. O frasco tinha a forma do corpo da então famosa atriz de cinema Mae West, que personificava a ousadia do estilo Schiap.
Apesar de ter tido clientes como as atrizes Greta Garbo, Joan Crawford e Carole Lombard, ela não fez muitos figurinos para o cinema. Seu maior sucesso foi em 1937, com o filme "Every Day's a Holiday", com Mae West. Também criou os figurinos dos filmes "Artists and Models" e "Moulin Rouge", com Zsa Zsa Gabor, em 1952.
Em 1939, quando explodiu a Segunda Guerra Mundial na Europa, Schiaparelli decidiu fechar sua maison. Ela preferiu colaborar com os esforços antinazistas nos Estados Unidos. Quando a guerra chegou ao fim, ela retornou a Paris, em 1945. Sua maison sobrevivera aos anos de conflito e logo foi reaberta.Nessa época, passaram por seu ateliê alguns estilistas famosos, como Hubert Givenchy e Pierre Cardin.
Em 1946, Salvador Dalí desenhou o frasco de um novo perfume, o "Roi-Soleil". A assinatura de Schiaparelli ainda produziu uma linha de malas e frasqueiras e uma coleção de prêt-à-porter, que foi vendida nos Estados Unidos.
Apesar de todos os esforços para continuar sua produção, os tempos mudaram para Schiaparelli. Com dificuldades financeiras e problemas pessoais, ela acabou fechando sua maison em 1954.
Em seguida, lançou um livro de memórias, intitulado "Shocking life", novamente a cor intensa que demonstrava sua ousadia, excentricidade e o impacto que desejava causar.

Elsa Schiaparelli morreu em 1973, aos 83 anos."
Fonte: http://almanaque.folha.uol.com.br/schiaparelli_historia.htm
"A vida em rosa-choque
Seu estilo moderno e excêntrico a fez criar um tom de rosa eletrizante, o qual ela chamou de "shocking", o famoso rosa-choque. Em 1938, Schiap lançou um perfume com o mesmo nome - "Shocking". O frasco foi desenhado pela pintora surrealista Leonor Fini e tinha a forma de um torso feminino. Na verdade, o da atriz Mae West, que encarnava a ousadia do estilo Schiap. O seu livro de memórias, lançado em 1954, também recebeu o nome da sua cor preferida.

O estilo marcante de Elsa Schiaparelli talvez pudesse ser representado pelo seu rosa "Shocking, descrito por Yves Saint-Laurent como: "Uma provocação".
http://almanaque.folha.uol.com.br/schiaparelli.htm

Pesquisa - MODA SALVATORE FERRAGAMO

Moda 1930 - 1940
"Salvatore Ferragamo foi um artista em sintonia com o clima cultural de seu tempo"

"Um dos nomes mais importantes do século 20 no design de calçados, Salvatore Ferragamo, nascido em Bonito, localidade próxima a Nápoles, no sul da Itália, desde adolescente exercia seu ofício. Com 16 anos, passou a trabalhar com seus irmãos na Califórnia, Estados Unidos, onde faziam sapatos à mão para as produções cinematográficas da American Film Company.

Atores e atrizes, que assim conheceram o trabalho de artesão de Ferragamo, logo se tornaram seus clientes particulares - nos anos 20, as mulheres adotaram uma de suas criações, as sandálias com tiras que eram amarradas nos tornozelos, lembrando os calçados usados pelos romanos, na Antiguidade. De 1923 a 1927, Ferragamo morou em Hollywood, trabalhando para as companhias de cinema Universal, Warner Bros. e Metro-Goldwin-Mayer.

Quando voltou para a Itália, escolheu a cidade de Florença para abrir uma oficina de calçados com 60 operários, dando início à primeira produção em larga escala de sapatos feitos à mão.
Sua criatividade não tinha limites, seja no que dizia respeito à forma de um calçado, seja quanto aos materiais empregados para fazê-lo - de sua oficina saíram os primeiros modelos de salto anabela e sola tipo plataforma, ainda nos anos 30, e além do couro, ele usava renda e ráfia, entre outras novidades.


Sandália 1928


Em 1947, sempre à frente do estilo de sua época, e muito tempo antes da chegada do material plástico ao mundo dos calçados, Ferragamo criou o que ficou conhecido na época como “o sapato invisível”, feito em náilon e com salto em camurça preta. Segundo se sabe, até 1957 o estilista havia criado mais de 20 mil modelos de calçados e registrara 350 patentes."

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Pesquisa - ART DÉCO

Art Deco 1930 - 1940

"O Art Déco é caracterizado por um eclético estilo de design que se desenvolveu no início do século. Inicialmente foi chamado de moderno, recebendo depois o nome de Art Déco, em conseqüência da Exposição Internacional das Artes Decorativas Industriais e Modernas de Paris, em 1925, a qual celebrou a vida no mundo moderno. A nova estética da virada do século tomou impulso a partir dai.

Pode-se dizer que o período do Art Déco deu seus primeiros passos no início do século, sendo seus dois precursores Charles Rennier Mackintosh da Escócia e Josef Hoffmann de Viena. Esta observação pode ser feita, pois estes homens foram reformadores dos excessos do estilo Art Nouveau, e seus trabalhos, logo após a virada do século, foram uma indicação do que surgiria nas próximas décadas. Em 1903, Hoffman fundou o Wiener Werkstatte, um "workshop" que produziu alguns dos primeiros designers Art Déco, que viriam a atuar nas décadas posteriores. O projeto do "Palais Stoclet", de Hoffman, na Bélgica, é sem dúvida o melhor exemplo do que viria a ser o estilo Art Deco.

Hoje o termo Art Déco é usado para se referir a uma mistura de estilos dos anos 20 e 30. Este foi justamente o período do apogeu do Art Deco, e corresponde ao intervalo entre as duas guerras mundiais.

O período do Art Déco é um período de contradições. Através dos ruidosos anos vinte e a Grande Depressão dos anos 30, o Art Deco impregnou o mundo cotidiano com um elegante estilo de fria sofisticação. Cantores e compositores entretinham audiências através do novo meio do rádio, e os musicais de Hollywood ofereciam a esperança de tempos melhores e uma fuga temporária dos problemas diários. Viagens eram notícia, com as linhas oceânicas correndo pelo Atlântico e trens atravessando continentes, a velocidade passa a ser uma metáfora dos tempos modernos. O design acompanhou estas mudanças.

O Art Déco surgiu como uma antítese do Art Nouveau. Onde este era pesado e rebuscado, o Art Deco era limpo e puro. O estilo e aspectos do design Art Deco com suas linhas simples, de formas aerodinâmicas, difundiram-se em todos os aspectos da vida cotidiana da época. Toda as formas de artes e ofícios usavam este novo estilo. Incluindo arquitetura, vestuário, indústria, joalharia, móveis, utensílios, desenho de interior e qualquer coisa que se possa imaginar.

Suas linhas, quando curvas, seguiam um arco bem definido e quando retas, tinham a precisão de uma régua. As linhas limpas, a aerodinâmica e a simetria, características encontradas no design Art Deco, tiveram como inspiração a indústria. Foi a era da máquina. O Art Deco podia ser alegre por um lado, e por outro, grave e prático. Refletia as mudanças do seu tempo. Modelos clássicos da antiga Grécia, artefatos egípcios, temas do Meio Oeste americano, a arte oriental, e uma grande variedade de outras influências são encontradas no Art Deco de forma estilizada. Mesmo usando o antigo como inspiração, este vinha sempre temperado com ingredientes novos.

A arquitetura e artes aplicadas do período Art Deco revelam uma mistura variada. No entanto, a maior parte compartilha a marca característica da geometria e simplicidade, freqüentemente combinadas com cores vibrantes e formas simples que celebram o crescimento do comércio e da tecnologia. É o design abstrato e o uso da cor pela cor. Foram produzidos nesta época desde objetos luxuosos feitos com materiais exóticos, para uma clientela exclusiva, como também artigos diversos produzidos em massa, muitos deles imitações dos objetos de luxo, ficando assim disponíveis à crescente classe média. O mundo do Art Deco representa uma "benevolência da forma" para com um tempo simples.

Havia também uma preocupação com a baixa dos preços dos objetos de consumo e aprimoramento dos métodos de produção. Nos objetos de arte do período do Art Deco, via-se a preocupação com detalhes característicos da produção em massa, embora estes fossem geralmente produzidos por hábeis mestres artesãos. Estes detalhes são a simplicidade das linhas, formas e padrões geométricos, repetição de elementos simetricamente distribuídos.

No final dos anos 20, como resposta à recessão econômica, empresas Americanas começaram a contratar artistas comerciais, ilustradores de propaganda, e designers profissionais para adequar seus produtos às necessidades da época. Inspirados no estilo Art Deco, estes novos desenhistas industriais, de princípio, criaram câmeras, rádios e outros produtos com linhas elegantes, mais tarde adaptaram as formas aerodinâmicas modernas para criar um estilo de design comercial, refletindo um desejo de suavizar o progresso.

Observando-se algumas peças do Art Deco, não se pode deixar de notar o grande número de objetos "disfarçados de outros". Como por exemplo: bules que parecem automóveis, ursos ou elefantes, candeeiros de mesa em forma de pára-quedista a pousar no solo, etc... O design de máquinas era empregado livremente como inspiração. As asas de um avião, a proa de um navio, as escotilhas dos camarotes dos novos transatlânticos, engrenagens, as estruturas de motores de carros, etc.. eram facilmente encontradas em objetos do cotidiano. Estes produtos eram fabricados geralmente com os novos materiais tais como a baquelite, o plástico e o crômio.

Dois designers que aparecem como os primeiros a apresentar o novo estilo em seus trabalhos, no período de transição entre o Art Nouveau e o Art Deco, são o costureiro Paul Poiret e o mestre dos trabalhos em vidro, René Lalique. Os trabalhos destes dois profissionais, sem dúvida, influenciaram as linhas do novo estilo. Outra influência importante foi a montagem de produções do Balé Russo, com um estilo de decoração oriental e cores exóticas.

Alguns destaques do Art Deco na Europa foram: Jacques Émile Ruhlmann tanto na arquitetura como no mobiliário, Jean Dunand em trabalhos em laca, Jean Puiforcat em prata, René Lalique em vidro e jóias.

O Art Deco americano ficou mais geométrico e linear do que o europeu, principalmente o francês, que pode ser considerado o centro do movimento. Na América, no entanto, foi onde mais se expandiu, podendo ser visto desde grandes edifícios como o Crysler Building (Nova York), até cartazes anunciando exposições, passando por locomotivas, carros de passeio, rádios, design de interior, jóias etc...Alguns destaques entre os designers americanos deste período são: Frank Lowyd Wright, Walter Dorwin Teague e Donald Deskey.

Pode se considerar o fim do movimento, se é que teve um fim, como sendo conseqüência da crise financeira de 1929, somada à depressão mundial. A segunda Guerra Mundial interrompeu qualquer recuperação e destruiu toneladas de material. Finalmente, a preocupação com a reconstrução pós-guerra deixou pouco tempo para coisas não essenciais.

Deve se destacar um aspecto importante na história do design deste período que são as divergências existentes entre autores a respeito de objetos do final do Art Nouveau, Art Deco e Styling Americano; neste período o designer passou a ser de fundamental importância para o sucesso das indústrias e seu trabalho com isto se valorizou, fazendo com que inúmeros profissionais vindos de diversas formações se dedicassem a este ofício."
Fonte:http://www.arte.unb.br/alunos/graduacao/alu98/cga/html/historico.html


Sites recomendados:

http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/deco/index.htm
http://www.artdecoworld.com/
http://www.museocasalis.org/index.php?pg=pagina&id=8&mn=3&lg=po
http://www.greatbuildings.com/types/styles/art_deco.html
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp049.asp
http://www.vitruvius.com.br/resenhas/textos/resenha027.asp
http://www.retropolis.net/
http://www.sjsu.edu/faculty/wooda/miami/
http://neweraantiques.com/
http://www.tace.com/periods/artdeco.html
http://www.art-deco.com/statues.html
http://www.art-deco.com/general.html
http://www.decoweb.com/decartde.htm

http://www.decoweb.com/Deco.html?afdt=AGQ7gEj8TkcKEwiJwrn-pIiOAhULdxUKHXo7jA8YACAAMLak9g44DQ


Pesquisa - SARAH KUBITSCHEK

SARAH KUBITSCHEK – 1940 – 1950



"Sarah Kubitschek foi casada com Juscelino Kubitschek durante 46 anos. Nascida em Belo Horizonte, filha do deputado Jayme Gomes de Souza Lemos e de dona Luizinha Negrão Lemos, casou-se em 31 de dezembro de 1930. A partir daí sua vida se confunde com a carreira política de seu ilustre marido, que ocupou vários cargos na administração pública: Chefe do gabinete civil do governo de Minas Gerais; deputado federal; prefeito de Belo Horizonte; novamente deputado federal; governador de Minas Gerais; Presidente da República e finalmente senador pelo Estado de Goiás. A brilhante carreira de JK levou-a a uma vida também de lutas e restrições. Dona Sarah é fundadora da Organização das Pioneiras Sociais, que realizou notável obra de assistencialismo em Minas, incluindo fundação de escolas, creches e distribuição de roupas, alimentos, cadeiras de rodas e aparelhos mecânicos para deficientes físicos.

Com a eleição de seu marido para a Presidência da República levou, dona Sarah, para o Rio a sua Organização das Pioneiras Sociais onde, agora, dispondo de maiores recursos ampliou significativamente sua obra benemérita, fundando escolas pelo interior, criando hospitais altamente especializados como o Centro de Pesquisa Luiza Gomes de Lemos, do Rio de Janeiro, que se dedica ao tratamento de câncer da mulher. Tendo também prestado significativa assistência às pessoas carentes de nossa sociedade. Em Belo Horizonte, já seu marido na Presidência da República, fundou o Hospital Júlia Kubitschek, um dos maiores da capital mineira, e o Hospital Sarah Kubitschek, cujo centro cirúrgico tem o nome de seu irmão Geraldo Gomes de Lemos, além do internacionalmente conhecido Hospital Sarah Kubitschek, de Brasília, onde são atendidos pacientes com os mais diversos problemas motores. Criou outras escolas e creches, na capital e no interior, como o Educandário Luiza Gomes de Lemos, em Cachoeira Paulista, e tantos outros. Fundou hospitais-volantes, distribuídos pela maioria dos Estados, equipados para atendimento médico e odontológico e trouxe, para a Amazônia, os hospitais flutuantes, adquiridos da Alemanha."
Fonte:
http://www.memorialjk.com.br/sar/indexsarah.htm

Arquitetura

Alva Aalto
Finn Juhl
Oscar Niemeyer- Pampulha.